sábado, 21 de julho de 2012

EU QUERO O MEU FLAMENGO DE VOLTA!

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!


Peço licença aos FLamigos, mas hoje farei um post desabafo. Paciência tem limite e confesso que a minha chegou ao fim. Assim me despirei do pastor, do pregador da salvação rubro-negra e, na qualidade de mero torcedor, abrirei com vocês meu coração desanimado com o que anda acontecendo com nosso Flamengo. 

Relutei muito antes de escrever um artigo como este. Tudo que não quero é tumultuar ainda mais o Flamengo. Falar causa normalmente maior arrependimento do que se calar, porém o silêncio ao que andamos vendo, ouvindo e lendo é a mais inadequada resposta que podemos dar, porque pode significar uma certa cumplicidade. "Quem cala, consente!".
"Nada faz realçar mais a autoridade do que o silêncio, esplendor dos fortes e refúgio dos fracos." (Charles de Gaulle)
Confesso que andei arrumando desculpas para não ir a jogos (ou "aos cultos ao Flamengo Supremo" como gosto de dizer). Compromissos inadiáveis, horário, localização do estádio, problemas pessoais e profissionais que de fato aconteceram, mas que funcionaram como tábua da salvação, como bengala, para não ter que ir ao vivo assistir jogadores cometerem o sacrilégio de não honrar o manto sagrado, como vimos na última e vergonhosa atuação diante do Corinthians. Sempre dei um jeito de conciliar minha agenda para ir aos jogos, mas gastar meu tempo e dinheiro e ver um time sem tática, sem técnica e, principalmente, sem alma não dá mais!

Em campo, o que observamos é o reflexo do fracasso da atual gestão. Não dá para ver o Flamengo entrar em uma competição de futebol sem ser para disputar o título. Os vacilos, as omissões e a falta de comando da Patricia Amorim e de sua trupe são tantos e tão conhecidos que nem preciso enumerá-los. Não suporto mais ver o clube sendo motivo de deboche e de desrespeito. Não tenho porque me conformar com pessoas que mal assumem suas próprias responsabilidades se intrometerem atabalhoadamente em assuntos que não são de sua alçada. A conhecida sequência de trapalhadas administrativas estão custando muito caro ao clube (vide caso Ronaldinho e dívidas e tributos não pagos) e caracterizam a atual administração efetivamente como sendo uma gestão temerária, que poderá comprometer seriamente as finanças do clube e pelo qual a atual mandatária deveria responder com bens pessoais em todas as instâncias possíveis.

Como já disse algumas vezes, o problema é maior do que os atuais ocupantes do cargo e vem se arrastando há anos, há várias gestões. Se não fosse assim, ninguém estaria falando na hipótese dela concorrer, quanto mais na de se eleger. Trata-se da falência do modelo amador, onde gestores são escolhidos por critérios pessoais e não técnicos. Não há saída que não passe pela profissionalização radical da gestão do clube, com a contratação de executivos que seriam avaliados por metas e resultados. Ter dirigentes-torcedores à frente de uma instituição com potencial de faturamento próximo ao meio bilhão de reais por ano é algo totalmente incompatível com a grandeza do clube. Daí decorre o processo de encolhimento institucional por que estamos passando.

Assim, mesmo sendo um crítico de um modelo, o que vai muito além das pessoas que hoje comandam o Flamengo, não posso deixar de me indignar com as atitudes (e muitas vezes com a falta delas) dos atuais comandantes. A atual administração representa o fundo do poço em termos de gestão de um clube cujo carro-chefe é o FUTEBOL.

Muito me espanta o sentimento recorrente de que ela já estaria reeleita. Não, definitivamente não está! Ninguém vence uma eleição por antecipação. Deixo claro que por apoiar uma chapa de oposição, a Revolução Rubro-Negra, minha opinião não é exatamente isenta. Mas, em se tratando de paixão, quem poderia falar com isenção, não é mesmo?

A força eleitoral da Patricia está no tratamento dado a funcionários e no zelo com que cuida da Gávea. Está no salário de funcionários pagos em dia, no tratamento carinhoso dado a quem serve ao clube, na piscina quentinha, no papel higiênico no banheiro e também no estacionamento barato, se compararmos o preço para se associar com os preços pagos de mensalidade para se guardar o carro no Leblon ou na Lagoa. Mas, tirando o estacionamento, o resto é básico. Feitos como estes serem considerados como "armas eleitorais" só demonstram o fracasso do modelo e o insucesso das gestão anteriores. Trata-se do mínimo que podemos esperar de um administrador.

Porém, o Flamengo tem potencial para explorar muito mais a própria sede, de ir muito além de parquinhos e salas de computadores (que são méritos, deixo claro). Basta comparar com os clubes próximos. Fazendo um jabá, no programa da Revolução Rubro-Negra há um capítulo mostrando o quanto ainda podemos avançar no FLA-Gávea. Ou seja, até no campo onde ela se mostra forte, sua força é relativa e só existe porque os critérios comparativos são baixos.

Porém, o que me deixa mais revoltado é o descaso com o futebol e o fato de acharem que isto não tem consequência. Como minha colega de Magia Rubro-Negra, Vivi Mariano, falou certa vez, "o Flamengo é unidade na diversidade". É isto! O Flamengo é plural. O Flamengo é representado pelo o sócio, pelo dirigente, pelos atletas e pelo torcedor. O Flamengo é do empresário rico, dos clãs que dominam a Gávea e do povão na arquibancada e espalhado pelo país. O Flamengo é Rio, mas também é Brasil. O Flamengo é basquete, é sede social, é escolhinha de ginástica e é futebol! É esta pluraridade que torna o Flamengo único. 

Porém, se buscarmos uma identidade no coletivo que é ser Flamengo, ela estará sem dúvida no FUTEBOL. É a nossa paixão pelo futebol que faz o Flamengo ser o gigante que é. Transformar o carro-chefe, o trem pagador, em matéria secundária e não ter consequência eleitoral é dizer que a torcida do Flamengo não tem força. Você vai deixar que uma mentira desta se propague? Uma mentira repetida mil vezes não a torna verdade, pois está é feita de fatos e é inflexível Mas, pode ser aceita. É isto que não podemos deixar que aconteça.


Basta!Precisamos mostrar por todos os meios que estejam ao nosso alcance que a torcida do Flamengo pode até não votar diretamente (aliás, aproveite para se associar e mudar isto também), mas tem voz ativa e sempre terá. Uma voz independente, que não pode ser comprada. Vamos usar as redes sociais, a internet, os blogs e os estádios e dizer que "não queremos mais Patricia Amorim à frente do Flamengo!". 

Queremos nosso Flamengo de volta e podemos começar por onde a torcida tem participação política, que é na eleição para vereador. Você, rubro-negro carioca, descontente com o que a Patricia anda fazendo não vote nela. Não a deixe usar o clube. 

Patricia Amorim nunca mais! Nem no clube, nem na Câmara Municipal!

Eu quero meu Flamengo de volta!

E você?

FLAmém!

PS: Aproveito para dar um até breve, pois estou saindo de férias. Volto em  15 dias na esperança de ver o time no G4 e um quadro eleitoral onde a torcida seja respeitada. Faça valer a sua voz!

PS2: Todas as imagens acima foram retiradas da internet e demonstram a indignação dos torcedores com a atual gestão. Vamos canalizar esta indignação, não reelegendo a Patricia para nenhum de seus mandatos.

terça-feira, 17 de julho de 2012

11 DE AGOSTO - DIA NACIONAL DA MOBILIZAÇÃO RUBRO-NEGRA

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!

Estamos aqui reunidos para mais um #post conjunto em favor do Flamengo com que sonhamos. Trata-se de uma campanha que será realizada no dia 11 de agosto para mobilizar a torcida para se tornar eleitora do Flamengo e, assim, participar das decisões no clube. Se liguem aí....

Se você não está satisfeito com o Flamengo, tem duas opções: ficar reclamando de fora ou virar sócio e participar da mudança.


11/8/2012
Dia Nacional de Mobilização Rubro-Negra

Sábado, 11 de agosto, foi escolhido como o primeiro Dia Nacional de Mobilização Rubro-Negra. A campanha tem adesão de grupos de sócios, Embaixadas, blogs, sites e Twitters rubro-negros. E a data está marcada para quem é Flamengo tornar-se verdadeiramente parte de seu clube, fortalecendo e influenciando nos destinos desta instituição que já influencia a vida de milhões, mas tem seus rumos decididos por muito poucos.

- Se você mora no Rio de Janeiro, é dia de ir à Gávea e tornar-se Sócio do clube!

- Se você mora fora do Rio de Janeiro, é dia de ir a uma Embaixada Rubro-Negra assistir Flamengo x Náutico e levar os documentos necessários para tornar-se Sócio Off-Rio!

Acesse o site da campanha: www.sejasociodoflamengo.com.br


Por que ser sócio do Flamengo?
As instituições mudam conforme a determinação de seus controladores e é crucial que cada um de nós deixe de ser apenas torcedor para virar DONO do Mengão. Ser sócio é deixar de ser consumidor e tornar-se acionista!
Não é admissível que os destinos da nossa Nação estejam nas mãos de apenas 0,02% de Rubro-Negros, que são os que têm direito de voto – e, ainda assim, uma parte deles com pouca ou nenhuma vinculação com o futebol. Para um candidato com ideias parecidas com as suas tenha chance de se eleger, é preciso que existam dentro do clube sócios que apoiem estas ideias. Se você pode ser um deles, a hora é agora! 
Pense no tamanho do investimento emocional, financeiro e de tempo você já faz no Flamengo e reflita: você deve ou não dar o passo seguinte para poder realmente influenciar no futuro do clube? Clique aqui e entenda melhor por que todo rubro-negro que tiver esta possibilidade deve se tornar sócio. Atenção: para poder votar nas eleições de 2015, é preciso ser sócio até o dia 31 de agosto deste ano! Clique aqui e entenda os prazos para participar das eleições do clube.

Quanto custa ser sócio?
Se você mora fora do Rio de Janeiro, a mensalidade do sócio Off-Rio, com direito a voto, hoje custa R$40,00. Para quem é do Rio de Janeiro, a mensalidade do Sócio Contribuinte hoje é de R$105,00. Clique aqui, conheça as categorias disponíveis para se associar e escolha a melhor para você.

• Como se associar?
Clique aqui e saiba todos os documentos e procedimentos necessários para tornar-se sócio do Flamengo.


Participe do Dia Nacional de Mobilização Rubro-Negra!
Vamos tentar conseguir o maior número de novos torcedores sócios possível para o Flamengo em um mesmo dia: sábado, 11 de agosto. Quem é do Rio deve comparecer a Gávea para se associar; quem não é, procure a Embaixada Rubro-Negra de sua cidade (clique aqui e veja a lista completa), assista a Flamengo x Náutico com outros rubro-negros e leve os documentos necessários para tornar-se sócio Off-Rio – as Embaixadas farão o envio.


Este post está sendo publicado em diversos blogs e sites rubro-negros que estão aderindo ao Dia Nacional de Mobilização Rubro-Negra. Se você quer ajudar nesta campanha, compartilhe e ajude a convencer seus amigos! Clique aqui para deixar seu contato e saber como fazer mais para participar.

Fazem parte desta campanha:


Blogs, Twitters e sites:

Buteco do Flamengo

sábado, 7 de julho de 2012

FLA x FLU: UMA VIAGEM CENTENÁRIA PELO TEMPO

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!



Estamos aqui reunidos para contar mais uma parábola, trata-se da história de um cientista chamado Albert* e sua máquina do tempo. 

Albert cresceu escutando acalorados debates entre seu avô tricolor e seu pai rubro-negro à respeito do Fla x Flu. Talvez por isto tenha optado pelo caminho da ciência e deixado a magia do futebol um pouco de lado. Quando lhe perguntam qual é o seu time, ele sempre responde que é Fla x Flu e se se afasta de qualquer papo mais aprofundado.

Sua dedicação à ciência e sua inteligência lhe renderam diversos prêmios. Porém, sua principal descoberta seria aquela que tinha acabado de fazer. Depois de anos de árduo trabalho, Albert finalmente conseguiu inventar uma máquina do tempo, através da qual seria possível voltar ao passado na qualidade de observador e acompanhar feitos históricos. Estava fascinado e logo pensou em uma série de acontecimentos que gostaria de presenciar. Pelos seus cálculos, o recuo temporal máximo permitido pelo equipamento seria de cem anos. Também, não daria para viajar no espaço, ou seja, para outros locais. Teria, então, que pensar em acontecimentos realizados na cidade do Rio de Janeiro.


Depois de se imaginar observador ilustre da cena política no antigo distrito federal, ele se deu conta de que ao voltar um século, poderia retornar para 1912, ano de nascimento de seu avô. Isso o fez querer testar o "seu novo brinquedo" com a história de sua própria família que se confundia com a do clássico mais charmoso do Brasil.

Albert, então, entrou no estranho aparelho que inventara, rodou uma manivela, apertou um botão e começou a girar... a girar...cada vez mais rápido. Quando já estava ficando tonto, o equipamento voltou ao seu ponto de equilíbrio. Uma janela se abriu e ele pode ver imagens de um Rio de Janeiro que não existe mais. Observou a elegante indumentária de homens e mulheres caminhando por paisagens urbanas que só conhecia por fotos. Ninguém parecia notá-lo. A impressão era realmente de estar em outra dimensão. Aproveitou e se dirigiu até o bairro das Laranjeiras, à então Rua Guanabara, atual Pinheiro Machado, onde seria realizado o primeiro Fla x Flu da história.


No caminho, pensava na fundação do Flamengo. Seu avô Nélson se gabava de dizer que o Fluminense era o pai do Flamengo. No entanto, completava dizendo que se tratava de um filho desvirtuado, que teria perdido o glamour da família tricolor. Já Mário, seu pai, lhe dizia para não dar ouvidos. Que a história não era bem assim. Pelo contrário, o departamento de futebol do Flamengo havia sido criado por jogadores que vieram sim do Fluminense, mas que também eram remadores do Flamengo e o fizeram por discordar de uma medida da comissão técnica tricolor de substituir o atacante Alberto Borgeth por um zagueiro. Ou seja, o Flamengo já fora criado sob espírito de uma revolução e da ousadia. O Flamengo já no seu início mostrava que não eram os cartolas que deveriam ser o núcleo do jogo. Também, nascera por ser contra a retranca. 

Para aquele jogo, o recém-criado Flamengo era franco favorito. Afinal se tratava de praticamente todo time titular que havia sido campeão carioca no ano anterior pelo agora rival Fluminense. Os resultados anteriores confirmavam o favoritismo, já que o rubro-negro havia feito 30 gols nas quatro primeiras rodadas O jornal "O Paiz" publicava que "A equipe do Flamengo vinha de tal forma organizada que por todas as razões se impunha a sua vitória". Porém, na partida que começou exatamente às 15:55h do dia 07 de julho de 1912, os jogadores tricolores jogaram com brios e demonstraram que não há favoritismo em clássicos e venceram por 3 a 2, com o primeiro gol saindo logo no minuto inicial e o gol final no último minuto, logo após o empate do Flamengo. Que belo começo!


Albert viu a festa nas arquibancadas, porém feita por um pequeno público, como era comum naqueles tempos anteriores à popularização do esporte bretão. A baixa popularidade também ficou demonstrada nos pequenos espaços dados pelos jornais no dia seguinte ao primeiro Fla x Flu. A Gazeta de Notícias, por exemplo, apenas informou que "o team tricolor apresentou-se bastante treinado e desenvolveu um jogo acima das expectativas". E mais nada!



Albert lembrou-se do avô que dizia que "se o Flamengo tivesse ganho o primeiro jogo, a rivalidade morreria ali, de estalo. Mas a vitória tricolor gravou-se na carne e na alma flamengas. E sempre que os dois se encontram é como se fosse a primeira vez". Com este pensamento, decidiu-se por repetir a dose. Não quis assistir ao jogo seguinte, onde o Flamengo honraria o favoritismo e aplicaria um impiedoso 4 x 0 no Fluminense. Assim, do ano do nascimento de seu avô partiu para o de seu pai. Em 23 de novembro de 1941, assistiu a mais um Fla x Flu, desta vez no estádio da Gávea.

Naquele jogo, o Fluminense que jogava pelo empate fez 2 x 0. Ainda no primeiro tempo, o Flamengo descontou com Pirilo. O mesmo jogador fez o gol do empate aos 38 minutos da etapa final. A partir daí, o que se viu foi uma enorme pressão do time rubro-negro e o Fluminense começou a apelar para a catimba e a chutar a bola do estádio para a Lagoa Rodrigo de Freitas, em frente. Estupefato, Albert assistiu o jogo ser interrompido por falta de bolas. Enquanto se discutia o que se faria, remadores do Flamengo foram até a Lagoa e trouxeram as bolas. O jogo continuou por mais 12 minutos, mas o Flamengo não conseguiu o empate.

Albert começava a gostar e se interessar realmente pela mística do Fla x Flu. Não é que seu avô Nélson tinha razão quando dizia que "cada jogo entre o Flamengo e o Fluminense parece ser o maior do século e assim será eternamente".

O Fla x Flu começou realmente a fazer a cabeça do cientista. Albert então ligava sua poderosa máquina e partia rumo a outras memoráveis partidas. Ali de sua dimensão teve a honra de ver surgir heróis e vilões. Se apertou no Maraca no ano de seu nascimento assistindo o jogo com o maior público da história do futebol brasileiro, quando 194.603 pessoas (com ele, agora, havia uma a mais, que não foi contabilizada) foram ao Maraca ver a final do Carioca de 1963. Relembrou ao vivo e a cores do Assis e do Renato Gaúcho sendo carrascos do Flamengo e do Zico, em companhia do Sócrates, detonando o Fluminense, após ser chamado de "bichado" pela torcida adversária e até do Bottineli mandando dois balaços contra o tricolor. Viu jogos emocionantes serem decididos no final, como também históricas viradas, sem contar as goleadas.

Fora dos gramados, o Fla x Flu chama tanta atenção quanto dentro. Ali viu sofrimentos, gritos de gols entalados na garganta, vibrações, abraços, choros. Além do colorido das bandeiras na arquibancada. Todo jogo é uma festa. Incrédulo, observou, privilegiadamente, seu avô dizer que a alegria rubro-negra não se parecia com nenhuma outra, que era diferente. Também viu Mário, seu pai, dizer numa arquibancada lotada que o Flamengo era o clube mais amado do Brasil porque se deixava amar à vontade. Mas, a citação que mais lhe chamou a atenção foi dita por um tricolor chamado, como soube depois, Cláudio Lambert, após uma virada do Flamengo por 4 x 3 em 2004. Um jogo em que o Flamengo com time inferior arrancou a vitória na raça e no grito vindo da torcida. Cláudio virou para o seu filho e, tentando explicar o acontecido, disse: "23 minutos e mesmo perdendo por 3 x 1, aquela massa do outro lado não parava de pular, ninguém saia do seu aperto, ninguém ia embora. Aliás, eles nunca vão embora, nem arredam o pé. Eles não se sentam, não param de gritar. Eles não sossegam. Eles acreditam mais do que os outros. Eles jogam com 12. E jogar com 12 deveria ser proibido!"

Albert então notara que seu pai e seu avô tinham razão. Quanto tempo ele desperdiçou ao não se entregar a Magia do Futebol, do Fla x Flu. Felizmente, ele havia inventado uma forma de recuperar esse tempo perdido. Assim, pela última vez naquela dia ele resolveu rodar a manivela e apertar o botão. Girou até voltar aos dias atuais e ir garantir seu ingresso. Ao voltar ao passado, compreendeu o presente e resolveu que, dali em diante, ele também ajudaria com seus gritos a fazer parte da história.

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E a pergunta que não quer calar: afinal em que torcida Albert irá acompanhar o Fla x Flu deste domingo? Fiquem com as palavras do próprio cientista ao garantir seu ingresso:

"Viavaaa! Ingresso na mão! Em qual setor? Ora, sabem o que consegui observar em minhas viagens pelo tempo? Que este é o clássico que os tricolores mais gostam e sabem o verdadeiro motivo? É por que podem assistir à festa rubro-negra. Perdendo ou vencendo, o espetáculo ocorre do outro lado e eles podem ver de frente. Então, eu afirmo que não nasci para ser voyeur. Faço questão de ser protagonista e por isto que estou com meu Leste Superior nas mãos. Vaaaaamooooos Flamengo....."

E você? Se você inventasse uma máquina e pudesse rever um Fla x Flu, qual seria?

FLAmém!

* Os personagens tiveram seus nomes escolhidos como forma de homenagem:

  1. Albert é referente ao Albert Einstein, cuja Teoria da Relatividade forneceu a sustentação teórica para que diversos autores de ficção científica soltassem a imaginação e explorassem o tema da viagem pelo tempo, em diversos filmes e livros.
  2. O tricolor Nélson e o rubro-negro Mário homenageiam os irmãos Nélson Rodrigues e Mário Filho(que dá nome ao Maraca). Além dos nomes, o artigo acima pega carona em muitas das frases de autoria da dupla, cujos textos eternizaram a beleza do centenário clássico.