Salve, Salve, FLAleluia!
Por algumas vezes, neste humilde espaço, defendi a tese de que não havia porque nos preocuparmos tão cedo com a falta de padrão tático ou com as más atuações do Flamengo neste ano. Para fazermos um diagnóstico é preciso sempre levar em consideração o fator tempo. O que importa não é sermos considerados o melhor time do mês de março, mas nos tornarmos o campeão ao final de cada competição. Ou seja, o principal não é observarmos o momento, mas aonde poderemos chegar. Assim, temos que analisar se dispomos de um elenco capaz de suprir eventuais ausências e de promover diferentes arranjos táticos a fim de permitir variações durante os jogos.
Por outro lado, também questionei algumas vezes a escalação de determinados jogadores e o esquema tático utilizado pelo Luxemburgo. Como já disse por aqui, tenho certeza de que no final dará tudo certo. Somos o Flamengo! O que pode mudar é o grau de dificuldade que teremos para atingir o nosso sucesso natural.
Pois, no segundo-tempo do Fla x Flu e pela primeira vez iniciando um jogo nesta temporada, contra o Horizonte, o time atuou no 4-4-2 clássico, com dois laterais, dois zagueiros, dois volantes, dois meias e dois atacantes. Meio que por acaso, em consequência da contusão do Maldonado, meio que pelo instinto de sobrevivência, pois estávamos jogando mal e precisávamos vencer os Flores, Luxa acabou recuando Renato e o time finalmente "se encaixou".
É comum rotularmos de inteligente o sujeito que demonstra habilidades de pensar em algo que ninguém mais pensou. Assim, técnicos de futebol adotam um estilo professoral e querem mostrar sabedoria transformando-se em professores pardais. Jogadores são deslocados de posição, esquemas estranhos são testados, tudo para criar um quadro misteriosa complexidade que caracterizaria o chamado "professor-doutor", sobrevalorizando o papel do técnico de futebol, que passa a ser visto como um grande e poderoso estrategista, um sábio, um revolucionário, um intelectual do futebol, justificando-se, assim, os altos salários que lhe são pagos.
Entretanto, tudo isto é uma grande bobagem. "As coisas mais simples são as mais extraordinárias". Tem toda razão neste ponto, o mago Paulo Coelho, autor da frase no livro O Alquimista. Temos mania de complicar e as melhores ideias costumam ser as mais óbvias. A simplicidade é mais fácil de ser assimilada, ainda mais quando é preciso passar conceitos e objetivos a um grupo. Pois, ao escalar o time atual, Vanderlei, nada mais fez, do que apostar no simples e no óbvio. Mesmo sem treinamento, o resultado foi visível. Jogadores, finalmente escalados em suas posições (do goleiro ao ponta-esquerda, como se dizia antigamente), cresceram de produção e, como consequência, o time rendeu mais.
Isto não quer dizer que, por causa de uma vitória nos pênaltis e uma goleada sobre um time fraco, nos tornamos imbatíveis. Ainda temos um longo caminho de ajustes. É preciso melhorar, por exemplo, o posicionamento da defesa. Já li críticas de que ficamos mais vulneráveis, com menos um volante. Ok! Mas nem, por isto, o esquema é frágil, já que o adversário terá que se preocupar mais em nos marcar, uma vez que teremos dois armadores, um de cada lado, para sair com a bola. Temos que trocar um ou outro jogador, como todos sabem. Mas, não tenho dúvidas de que estamos na direção certa.
Agora, é hora de baixar a poeira e nos concentrarmos na decisão de domingo. Não ganhamos nada ainda! Será importante decidirmos logo a fatura, sem necessidade de finais, para podermos nos dedicar integralmente à Copa do Brasil. Sabemos que, do outro lado, nossos tradicionais vices devem estar sem dormir. Mas, isto é problema deles. Não é hora de salto alto! O bonde precisa manter a blindagem para continuar sem freio. Que a palhaçadinha fique só por conta da torcida.
Williams mostrou que quanto mais simples for o esquema, mais criativo podem ser os jogadores.
FLAmém!
Analise perfeita pastor JEFF, parabéns. Que o senhor rubro-negro continue nos Flabençoando. Salve São Judas Tadeu.
ResponderExcluirFLAmém.
Perfeito, como QUASE sempre. Hehehe!!!
ResponderExcluirSem querer fazer as vezes de engenheiro de obra pronta, mas já fazendo e resumindo: "O Luxa é treinador para longo prazo."
A ressalva fica por conta dos valores. Depois que criaram os indicadores, os Iluminados vivem correndo atrás deles, mas na realidade, indicador não é objetivo se fosse, teria esse nome.
Para mim, indicador é conseqüência. Sendo assim, se você faz um bom trabalho, a conseqüência será um bom indicador.
Troque indicador por Título e você terá o que deveria ser o futebol. Jogue bem e ganhe seus jogos que será campeão. Se jogar bem e não for campeão será pelo fator exceção ou surpresa, o que dá graça e valor ao jogo. Afinal, não será apenas um time que jogará bem.
Esse negócio de deixar de jogar para não deixar o outro time jogar, como jogou o Real Madrid no último jogo, é a maior burrice ou, como dizem os iluminados, um tiro no próprio pé. Isso vai fazer o futebol acabar. Vai demorar, mas vai.
As pessoas querem ver o Messi jogar e não o Pepe e o que está acontecendo nos últimos anos é justamente o contrário e isso está fazendo crescer o número de animais em campo enquanto o número de craques ...
Só não vê quem não quer.
Saudações
@Papo_de_Cozinha