quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ei, Ei, EI... ZICO PARA NOSSO REI...

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!


"Ei, Ei, Ei... o Zico é nosso rei!". Quantas vezes este grito não ecoou nas arquibancadas de concreto do velho Maraca? Não sei dizer quantas vezes minha voz esteve lá junto com a multidão puxando o coro.  Mal poderia imaginar que tantos anos depois o grito ainda poderia ser bem atual.


"Dai a Cesar, o que é de Cesar..." e dai ao Messias o que deve ser do Messias.  Estamos em ano eleitoral no Flamengo e, fatalmente, alguém lançará mais uma vez o nome do Zico para presidente do clube. Trata-se, inclusive, de um sonho de 9 entre 10 rubro-negros. 
  
No entanto, aos que querem muito o Zico na presidência, uma pergunta: você gostaria de vê-lo passar novamente por tudo que ele passou quando foi executivo do clube em 2010? Sim, porque presidente no Flamengo não tem plenos poderes! Muitos dos obstáculos que ele enfrentou, voltará a se deparar ao contrariar os mesmos interesses. Notinhas na imprensa com acusações sem prova, oposição feita por meio dos poderes do clube... O presidente do Flamengo não está imune a mesma politicagem que o afastou da Gávea.
  
Por isto, ao invés de imaginá-lo como Chefe de Governo, prefiro pensar nele como um Chefe de Estado. No lugar de presidente, Zico seria o Rei da Nação. Aliás, seria uma ratificação do que ele sempre foi! Sua imagem é muito ligada ao Flamengo e vasco-versa. Perpetuaríamos, assim, o ícone! Ele se confundiria com a instituição. Investir no Flamengo significaria investir na sua imagem de ídolo, de vencedor. 


   
Porém, para não misturar, ele não poderia ter poderes dentro do clube. Estaria acima das coisas mundanas, da política e das correntes partidárias. Zico não seria de um partido, seria inteiro para o Flamengo. Zico não seria de um candidato, seria do Flamengo. Aliás, impossibilitado de ser candidato, provavelmente não teria tanta oposição, não incomodaria tanto. Qualquer que fosse o presidente governaria próximo ao Rei, àquele que representaria o Flamengo externamente.

Quando ele foi dirigente, chegou a dizer que preferia cuidar do CT e da base. Mas, infelizmente, não seria possível fazer só isto. Ora, em primeiro lugar, base e centro de treinamento não podem ser considerados coisas menores. Assim, como rei, seria possível buscar as parcerias necessárias para viabilizar a construção do Ninho do Urubu. Também poderia ser alguém que estivesse lá para lembrar que o passe dos jogadores da base deve pertencer ao clube e não aos empresários. Seria alguém para servir de exemplo para quando pseudos ídolos acharem que não precisam treinar ou que podem entrar em campo sem estarem totalmente focados na vitória.

Como Nossa Majestade, ele não precisaria fazer conchavos para chegar ao poder. Não precisaria participar do jogo sujo das urnas. Ele representaria os interesses do torcedor. Enquanto presidentes passariam, ele estaria sempre por lá, sempre vinculado ao Flamengo. Não participaria da gestão, mas seria a personificação da instituição.


Se você compactua com esta ideia, divulgue-a;
Se, no entanto, não concorda, comente os motivos aí embaixo. Vamos debater.

Ei, Ei, Ei... Zico para nosso Rei!
FLAmém!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

ZOANDO OS VICES!

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!

Hoje foi um domingo diferente. Domingo sem Flamengo em campo não é um domingo de verdade. Nas ruas, mesmo com uma final entre representantes do arco-íris, o Manto Sagrado era a camisa mais vista por onde eu andava. Impressionante!

No final do dia, os Flores garantiram sua presença na finalíssima. Considerando que o Florminense foi o segundo time que mais pontuou no ano passado, quando ganhamos os dois turnos, podemos considerar que estamos começando uma nova trilogia em cima de um novo freguês.


Quanto à nossa baranga predileta, ela se mostrou muito pouco confiável, tomando palmada até de bibas. Ora, os viceínos acham que o estadual é o #BBB12 onde podem sair dando mole para qualquer um? Pois em homenagem a mais um vice conquistado, seguem as principais zoações que circularam aí pela internet. Curtam aí...








 FLAmém!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

CAÍMOS? ENTÃO, VAMOS NOS LEVANTAR!

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!

"A nossa maior glória não reside no fato de jamais cair, mas em levantar a cada queda" (frase atribuída a Confúcio)

Perder um clássico, ainda mais sendo decisivo, é algo que não estamos acostumados e que jamais aceitaremos. No entanto, sabemos ser impossível vencer sempre. Em algumas pouquíssimas ocasiões, é fato que sairemos derrotados. Cabe mostrar nossa grandeza sabendo se levantar. 

A boa notícia é que todos nós sabemos que o Flamengo é mestre em se reerguer, em transformar crises em oportunidades, em se fortalecer com derrotas, em não se abalar. Por isto, nosso urubu já foi inúmeras vezes comparado com a fênix.

Ambiente conturbado, muita fofoca nos jornais, graves omissões na gestão do futebol, troca de dirigentes e de membros da comissão técnica, o principal jogador não demonstrando vontade de honrar o Manto e uma derrota num clássico numa quarta-feira de cinzas por 2 x 1, de virada. Todos estes fatos presentes neste 2012 também aconteceram em 2010, ano de tristes lembranças. Aos que estão preocupados por causa de tais coincidências, saibam que, na realidade, o destino está nos dando a oportunidade de reescrever nossa própria história.

A esperança já começa pela nossa própria atuação no jogo. Perdemos, sim; porém, não jogamos mal. Pelo contrário! No primero-tempo, principalmente, tivemos uma atuação que não tínhamos desde a boa sequência de vitórias ainda no primeiro-turno do brasileirão. O jogo foi decidido nos detalhes. Detalhes como o fato do Alecsandro e Diego Souza terem feito o gol no rebote e do Deivid, livre, com o gol escancarado, ter perdido o gol que o mundo todo está comentando.

Deivid  jamais poderia ter ter perdido aquele gol, pois o erro aconteceu por pura displicência em um momento que não se podia errar. Porém, no dia seguinte ao fatídico lance, ele mostrou personalidade e hombridade ao não se esconder, ao procurar a imprensa e assumir com dignidade a sua culpa. Não tentou transferir a responsabilidade, nem se omitiu. Isto faz dele um guerreiro. Se essa sua guerra particular será vencida, só o tempo poderá nos dizer. No entanto, cabe a ele, e somente a ele, dar a volta por cima. De minha parte, é bem provável que consiga perdoá-lo após ele se tornar o artilheiro da Libertadores e autor do gol do título, de preferência contra o próprio Vasco.

Uma das queixas mais comuns nos blogs e redes sociais é a quantidade de volante do time. Sinceramente, isto não me preocupa. Até porque o conceito é subjetivo. O futebol é muito dinâmico para ficarmos rotulando jogadores por posição. Um Diego Souza era considerado volante no Flamengo e hoje dizem que é ofensivo no Vasco. Renato Abreu já jogou de atacante no Corinthians. Para quem acha que estou cometendo um sacrilégio, observe o meio-campo da grande campanha comandada pelo próprio Joel em 2007: Jailton, Christian, Toró e Ibson. Mesmo com tantos cabeças-de-área, esse time empolgou a torcida, não? Não paro por aí. Qual foi o meio-campo do nosso hexa? Fomos campeões com 3 volantes: Airton, Williams e Maldonado. A grande diferença para o de hoje reside justamente no jogador mais habilidoso: Pet x R10.

Esta é para mim a principal discussão. Não importa com quantos volantes jogamos, mas com quantos jogadores defendemos e com quantos atacamos. Os laterais podem fazer o papel de um armador, por exemplo. Também não acho que nosso principal problema seja contar com um atacante para o qual não existe "gol feito". Afinal, o Deivid pode até ser substituído. Entretanto, o que fazer quando o astro da companhia não parece estar com vontade de cumprir com seu papel de condutor e maestro do time? Fico bastante à vontade para criticar, porque fui um grande defensor de sua contratação. Mas, é inadmissível que Ronaldinho continue se escondendo no jogo. Técnica e habilidade todos sabemos que ele possui. No entanto, não posso admitir que algum jogador entre em campo sem estar inteiramente comprometido com a vitória, sem ter a fome de gol na alma. Quem pode mais, tem que ser mais cobrado. Ora, o bolso está cheio, o técnico de quem ele não gostava já se foi, o que mais quer Ronaldinho? Nós sabemos o que queremos dele: comprometimento!

Ronaldinho, portanto, cabe a você a decisão: se comprometa com o time, honre o Manto Sagrado ou peça para sair! Em qualquer uma das duas situações tenho certeza de que estaremos de pé, totalmente refeitos da última eliminação, fazendo uma ótima campanha na competição que realmente nos interessa: a Libertadores!

FLAmém!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pós-culto - Semi-final da Taça Gb: Vasco 2 x 1 Flamengo

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!



Principais Virtudes:
  1. O bom primeiro-tempo do time.
  2. O golaço do Love
  3. Boas defesas do Felipe

Principais Pecados
  1. O gol inacreditavelmente perdido pelo Deivid
  2. Falha do Felipe no primeiro gol deles
  3. Falha na marcação da bola área. Não pode deixar Fágner subir sozinho no meio da área.
  4. Ninguém pressionou o Juninho Pernambucano no lance que originou o gol de empate deles
  5. O sumiço do Ronaldinho no momento em que mais precisamos dele
  6. Falta de preparo físico. O time cansou na segunda-etapa.

Quem mereceu ir para o paraíso?


  1. Léo Moura - Continua sendo o principal jogador do Flamengo. Saiu contundido e o time caiu muito de produção.


Quem mereceu ir para o Purgatório?
Bem, perder jogo decisivo para o Vasco é motivo suficiente para colocar muita gente no Purgatório. Então, vamos lá:

  1. Ronaldinho Gaúcho - a estrela do time simplesmente não pode sumir na hora em que mais precisamos. Teve participação no lance do primeiro gol e só. No segundo-tempo, simplesmente se escondeu em campo
  2. Deivid - o gol inacretivável que perdeu pode ter sido o detalhe que fez toda a diferença. Um jogador profissional não pode perder um gol daqueles.
  3. Negueba  - Não dá para entender porque entra no time
  4. Galhardo - Parecia com medo do jogo. Outro que se escondeu.
  5. Renato - Entra técnico, sai técnico e ele continua intocável. Eu só queria entender o porquê.

Conclusão
Foi um jogo equilibrado, vencido nos detalhes.  Agora, só resta aproveitar o tempo que ficou livre e treinar.... treinar... e treinar...

E você, o que achou? Dê o seu pitaco aí nos comentários.


FLAmém!


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

BACALHAU, CARNIÇA SAGRADA NA QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!



"O número de dias de jejum e abstinência a que se sujeitavam anualmente os portugueses era considerável, não se limitando ao período da Quaresma, a época do ano em que o bacalhau era "rei" à mesa. Segundo Carlos Veloso, durante mais de um terço do ano não se podia comer carne. Assim era na "Quarta-Feira de Cinzas e todas as Sextas e Sábados da Quaresma, nas Quartas, Sextas e Sábados das Têmperas, (n)as vésperas do Pentecostes, da Assunção, de Todos-os-Santos e do dia de Natal e ainda nos dias de simples abstinência, ou seja, todas as Sextas-Feiras do ano não coincidentes com dias enumerados para as solenidades, os restantes dias da Quaresma, a Circuncisão, a Imaculada Conceição, a Bem-Aventurada Virgem Maria e os Santos Apóstolos Pedro e Paulo."

O trecho acima foi retirado do Livro "O Bacalhau na vida e na cultura dos portugueses" de Marília Abel e Carlos Consiglieri. Com o tempo, nós brasileiros flexibilizamos esse costume católico importado de nossos colonizadores. Porém, em duas datas especiais, a Igreja Católica continua recomendando a abstinência da carne vermelha: no início e no final da quaresma, ou na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira da Paixão. 

Já para a Igreja Flamenga, o bacalhau é o principal alimento para o espírito rubro-negro. É a carniça mais suculenta que se pode oferecer ao Urubu. Ao saborear um bacalhau, especialmente em momento decisivos, os devotos do Manto Sagrado se fortalecem e entram em contanto direto com os Deuses Rubro-Negros. É um momento especial de glória!

Para se preparar um delicioso bacalhau, a receita é a mais simples possível. Primeiro, oferecemos pequenas sardinhas para engorda do nosso pescado predileto. Ao comê-las, às vezes até com facilidade, o pobre bacalhau tem o ego inflado e imagina que poderá até voar para enfrentar uma ave de rapina. Santa tolice! Nada que ele tenha enfrentado antes pode lhe causar tanto terror quanto um urubu.


Após o desvaneio inicial, já com o bacalhau rechonchudo pelo próprio ego, iniciamos o momento de terror lembrando aos adoradores da feiona camisa da cruz de cemitério nossa ampla superioridade. É o momento de colocar o bacalhau em banho-maria, para que já comecem a imaginar a pressão que está por vir.


Com o desespero tomando conta do bacalhau, o peixe está pronto para ser servido ao Urubu. Mas, para que o banquete seja completo, é preciso encher de fiéis devotos rubro-negros o templo onde acontecerá a oferenda portuguesa. 


Depois é só deixar que tudo acontecerá naturalmente. O resultado final é o que todos já sabemos por antecipação. Os viceínos enrolarão suas bandeiras e sairão cabisbaixos, após terem sambado, pois para o bacalhau tudo acaba na Quarta-feira de Cinzas.

 FLAmém!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

NO BLOCO VERMELHO E PRETO

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!


- ♪ "Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô ....Mas que calor, ô ô ô ô ô ô" ♫ ô Rapaz, quanto tempo! Que bom ter ver aqui. Sexta-feira de folia. Está gostando do bloco? 
   
- Pacaraio! Como tem mulher bonita aqui, rapá! Olha aquela ali! Ó ó ó...Que filé! Que dilícia! Vamos tomar mais uma BrahmaFla, que tem muito o que zoar por aqui.
   
- Pois é, mermão... E olha como é diferente encontrar um flamenguista.... Além do astral estar sempre em alta,  claro! Mas, num é que lá atrás esbarrei num tricolor e ele me disse  que aqui estava muito maneiro porque estava cheio de "pessoas" bonitas.  ashuashuashuashua
    
- "Pessoas"?? rá rá rá Que otário! Quem não sabe o que está procurando é assim mesmo. hahahahaha Eu não quero pessoas. Eu vim ver a mulherada.

- Mas, por falar em Flamengo, fiquei muito triste com o falecimento do Jordan.

- Pois é.... Eu ia até doar sangue para ele. Na verdade, só soube quem ele era agora, quando as mensagens sobre seu estado de saúde começaram a pipocar na rede. Até o nome eu falava errado. Achava que era "Jórdan" que nem o Michael Jordan. Depois, que fui saber que a pronuncia correta seria "Jordân"! Confesso a  minha ignorância!
   
- Eu acho um absurdo o desconhecimento que as pessoas tem da história. Não falo nem do Flamengo. Isto é um reflexo deste país sem memória.  Parece que tudo começou hoje, que o ontem não existiu. Ainda bem que meu pai sempre contava histórias dele, de como ele parava o Garrincha, jogando limpo. Foi um dos maiores laterais de nossa história. Aliás, neste ponto, o Botafogo está muito mais avançado do que a gente. Lá o clube trata os ídolos com bastante consideração. 

- É, sim.. Concordo! Mas, talvez seja porque o clube não tem presente. Aí vive do passado.  hahahaha. Aliás, sobre o Jordan, eu vi uma charge sen-sa-ci-o-nal do André Costa do Magia. Quando puder, acesse lá.

- E o Flamengo só deu atenção a ele quando o assunto estourou na internet. Mais uma vez, as redes sociais mostraram sua força. Ah...se as pessoas soubessem usar melhor este poder que têm nas mãos, ou melhor, nos teclados. Tudo começou com uma mensagem no blog Heróis do Mengão. Um comentário em um blog, que está até desativado... e olha a repercussão. O pessoal do FlaManolos está de parabéns por ter agitado o assunto.

- Pois é... Aliás, lá é meu local preferido para assistir as transmissões dos jogos do Flamengo. Eu estive viajando e, nesta briga Fox/Globo/Sky, tem lugares em que a Nação não consegue assistir aos jogos do Flamengo na tv. Absurdo! Então, recorro sempre às transmissões do FlaManolos. Bem, mas diga aí...qual é a boa de amanhã...

- Amanhã terá mais um Baile Vermelho e Preto!

- Você vai lá no Monte Líbano? Deve ter muita mulher gostosa, não?

- Eu falava de outro Baile Vermelho e Preto. Será lá em Volta Redonda. Vamos fazer a festa em cima do Resende e ficar na fila para papar mais uma Taça Guanabara.

- Ah! O Carioquinha! hehehe Mas, eu em outra. Eu quero é a Libertadores. Carioca, a gente ganha um ano sim e no outro também. 

- Qualé Mané? Mó vacilo, aî! Que Flamengo é você que está cansado de ganhar título?

- Péra aeeeeeh! Nada a ver! Só acho que tem que priorizar. Quem tudo quer nada tem. Por mim, jogaríamos com os reservas. Veja os vices no ano passado. Foram tentar ganhar as duas competições e ficaram sem nenhuma. Se formos a final e perdermos será um mico e irá atrapalhar a Libertadores. Se vencermos, vamos para a final e coincidirá com uma fase decisiva da Libertadores. Já cansei de ver este filme. Os jogadores entram em campo pensando na conquista do carioca, tudo vira festa e ficamos sem a principal competição. Até para o Ceará dançamos no ano passado por causa do carioca.

- Olha, temos elenco para ganhar as duas. Temos é que aprender com os erros do passado. Não é fugindo do problema, que encontraremos a solução. Em 2010, você gostou de priorizar a Libertadores? Passamos o ano sem títulos. Quero garantir logo um. Já estou há alguns meses sem gritar "É Campeão!" e esta secura não me faz bem.

- Colocando os reservas seria o momento do Joel conhecer os garotos, aprender, pelo menos, o nome deles para que possa usá-los e ser um pouco mais ousado.

- Ele tem os treinos para isto e os garotos entrarão naturalmente no time. Por exemplo, ficamos sem o Renato. Olha a chance que muitos queriam de ver o time sem ele.

- É... Pode ser.... Na verdade, digo que não quero o carioca agora, um dia antes da partida. Quando a bola rolar, não tem jeito. Aí a paixão fala mais alto e eu estarei lá gritando, cantando, rezando por uma vitória, pela classificação, pelo título.

- Assim é que se fala. E se liga aí que o jogo será mais cedo. Será às 16:20h!

- Bem lembrado! Valeu mermão! Deixa eu ir agora que preciso garantir o meu. No do Flamengo pensarei amanhã. hehehehehe

- Valeu cumpade!  A gente se esbarra por aí....Bom carná! E deixa eu ir ali que aquela gatinha está me dando mole.

- ♪ As águas vão rolar... Garrafa cheia eu não quero ver sobrar... ♫


 FLAmém!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A RAIVA DE SER RUBRO-NEGRO - por Walter Monteiro

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!

Até o momento, só havia publicado aqui textos de minha autoria ou de campanhas da qual fiz/faço parte. Entretanto, costumo dizer que a Igreja Flamengo não é minha, mas de todos os rubro-negros. Ela é formada pela fé conjunta de todos nós. Cada um a seu modo, somos todos pregadores da Palavra da Salvação Rubro-Negra. Assim, em um texto que promete ser polêmico, falando sobre o modo raivoso com que alguns demonstram sua fé nos templos, abro o blog para a publicação de artigos de terceiros. Fiquem, então, com a homilía de Walter Monteiro.


A RAIVA DE SER RUBRO-NEGRO

O Lanus, gentilmente, reservou um espaço imenso para a torcida flamenguista – me arrisco a dizer que um espaço maior do que temos no Pacaembu ou Mineirão. Teria sido melhor que a gente tivesse ficado confinado a um espaço menor, porque acabou dispersando a torcida naquela imensidão de arquibancada.

Pouco depois o time do Flamengo entrou em campo para fazer um aquecimento. Vários aplausos vindos da torcida do Lanus nas cadeiras bem ao nosso lado para o Ronaldinho. Que foi até lá perto deles agradecer.
  
Ou melhor, o astro dentuço teve mais aplausos ali do que no nosso setor. Bem atrás de mim, um grupo de jovens senhores cariocas, na faixa dos seus 30 e poucos anos, mas fantasiados de adolescentes exibindo suas cuecas de grife por debaixo das calças de cintura baixa, começaram ali mesmo uma perseguição implacável.

Ainda no aquecimento, R10 notou que o goleiro Felipe só tinha o reserva Paulo Vitor e um membro da comissão técnica a lançar bolas para a área e resolveu colaborar, se desgarrou da turma que fazia alongamentos no meio de campo e foi bater umas faltas sem barreira. Cobrava duas ou três, dava um passo para trás, cobrava mais uma série, recuava um pouco mais, ficou assim uns 5 minutos. Felipe pegava algumas, outras iam para fora, umas poucas entravam. Não eram chutes fortes nem colocados, eram exercícios de aquecimento, de movimentação.
  
Menos para a turma barulhenta. O campo é pequeno, o estádio ainda estava silencioso, se a pessoa grita com força, o jogador é capaz de ouvir. E os caras sabiam disso. Cada vez que R10 posicionava a bola, os neo-coroas se esgoelavam: “acerta uma, seu merda, seu FDP, seu sanguessuga do cara...”. Bom, isso era só o aquecimento. Do Ronaldinho e deles mesmo.
  
Logo depois o microfone do estádio anunciou a escalação. Os argentinos devem ter pensado que havia sido anunciada a versão brasileira do corralito, pois as reações se dividiam entre a depressão profunda e o ódio. Vaias, xingamentos ou apenas muxoxos, o time nem entrara em campo e a torcida já estava abatida.
  
O jogo começa e, bom, aí imagino que todos já saibam o próximo capítulo. Uns 35 minutos de bombardeio. O Flamengo, acuado, se limitava a dar chutões para a frente, invariavelmente interceptados pelo Lanus, que reiniciava os ataques. Um martírio.
  
Na arquibancada, o que já estava ruim piorava. A maioria ficava quieta, atônita, petrificada. Uns poucos tentavam emendar algum coro, mas não dava em nada. Só quem se sobressaía era a galera do ódio, xingando, à exceção de Felipe, todo o resto dos jogadores, mas especialmente R10.
   
Como nenhum time consegue manter a intensidade o tempo inteiro – e talvez fosse nisso que Joel apostasse – aos poucos o Lanus foi cansando, foi perdendo o ímpeto e dando um refresco. Eu, que moro no Rio Grande do Sul e às vezes sou obrigado a ver os sonolentos confrontos do Gauchão, já conheço a novela. Os Ypirangas da vida, quando mandantes, partem para cima que nem loucos da dupla Gre-Nal , ávidos por abrirem o placar. E os boleiros da capital, em uma preguiça constrangedora, ficam ali, se passando por mortos. Até que em um lance casual abrem o placar e mandam para o espaço as esperanças dos minúsculos times do interior.
  
Eu tinha esperança de que algo parecido acontecesse em Lanus e foi mais ou menos isso que se sucedeu, o Flamengo achou o seu golzinho, confirmando o lugar-comum de quem não faz, leva.
  
O Lanus voltou meio baqueado para o segundo tempo, parecia não acreditar que tanto massacre não dera em nada. Estranhamente, o Flamengo, tão criticado por sua pobreza defensiva, dava pinta de que iria segurar o placar. Um lance acidental mudou tudo – Airton se contundiu, Botinelli entrou e nesse exato instante os argentinos conseguiram o empate.
  
É duro ter que dar o braço a torcer, mas o sistema defensivo tinha, pela primeira vez, um homem a menos – e foi a primeira vez, no 2º tempo, que o Lanus encontrou alguém livre para chutar (eu disse no 2º tempo, porque no 1º eu até perdi a conta de quantas vezes isso aconteceu).
   
Bom, foi o que bastava para o caldeirão do ódio transbordar. Mesmo com o Flamengo ganhando e conseguindo segurar o resultado, os inconformados não davam trégua, insistiam nas suas provocações. O empate, contudo, lhes permitiu angariar novos adeptos para a sua causa. Quem os ouvisse gritar teria certeza que o Flamengo estava sendo eliminado da competição sob uma goleada acachapante.
  
E assim fomos até o final na arquibancada. Uma catarse de ódio e raiva infinita.
  
Fazia um tempo que eu não assistia a uma partida no estádio como um mero torcedor/espectador. Eu estou sempre no meio do bolo da torcida, gritando, incentivando, cuidando da festa, fazendo o que eu acredito ser a minha missão como torcedor. Tanto que eu quase nem vejo o jogo. Dessa vez escolhi ficar afastado do núcleo das organizadas e até assistir sentado, coisa que eu nem me lembrava mais como era.
  
E fiquei bem triste. Na minha ingenuidade, eu achava que essa cornetagem sem fim era coisa da molecada no Twitter, gente que começou a ver futebol anteontem e quase nunca vai ao estádio. Mas não é não. Se marmanjos estão dispostos a viajar até para o exterior só para protestar e vaiar, então estamos muito mal parados mesmo.
  
Porque quando chegar a vez de jogar no Engenhão, não adianta começar a se descabelar desde que a bola começar a rolar. Esse time do Flamengo é, para ser elegante, muito mais ou menos, com viés de baixa, só vai a algum lugar se a torcida pegá-lo no colo e carregá-lo. Mas parece que tem muito pouca gente com essa compreensão. Sinto dizer, mas é com Canelada, Wellinton, R10 e Deivid que a gente vai ter que se virar (o Love que se cuide se não marcar uma série de gols logo de cara). Então é melhor se conformar e incentivar esses daí mesmo. A menos que alguém se iluda que esses moleques ainda imberbes que de vez em quando dão as caras no time de cima sejam a redenção que todos precisamos.
  
Eu, que passei 2011 inteirinho ouvindo a Nação falar cobras e lagartos do Luxemburgo, estava certo que a sua saída traria, ao menos, a paz e a união entre todos os torcedores. Errei. Bastou 1 jogo e uma única opção tática (Airton no lugar de Botinelli) para acender a fogueira novamente.
  
Ah, como era bom quando a gente mostrava ao mundo inteiro a alegria de ser rubro-negro.
  
Agora só mostramos a raiva!





Walter Monteiro é Embaixador Oficial do Flamengo no Rio Grande do Sul, o que o obriga a ser organizador da festa quando o Flamengo joga no sul, sócio-proprietário do clube (mesmo morando em Porto Alegre) e escreve a coluna Bissexta no Blog Ouro de Tolo.




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E aí? Qual a sua opinião sobre o tema? Comente, participe!
FLAmém!

Pós-Culto: Lanús 1 x 1 Flamengo

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!



Principais Virtudes:
  1. O resultado conquistado. Afinal, entramos para não perder e conseguimos o objetivo!
  2. Nossa defesa não deu as vaciladas dos últimos jogos. Não tivemos nenhum lance de perigo nas bolas lançadas sobre a área.
  3. A jogada do gol

Principais Pecados
  1. Falta de Ousadia
  2. Time extremamente recuado

Quem mereceu ir para o paraíso?


  1. Léo Moura - Vendo sendo o principal jogador do Flamengo neste início de temporada.
  2. Airton - Com ele atuando como uma espécie de terceiro zagueiro, a defesa já se mostrou muito mais segura. Tanto que bastou que saísse contundido, para que o Lanús fizesse o gol.

Vale uma menção honrosa ao Welinton que ganhou todas as bolas. Só não vai ao paraíso por causa de uma solada dentro da área.



Quem mereceu ir para o Purgatório?

O mais justo seria colocar quase o time todo no purgatório. Mas, vamos escolher os que mais nos levaram a cometer o pecado da ira:
  1. Williams - não pode ser o armador do time. Não tem o menor jeito para a posição. Além de errar passes, ainda atrapalha a saída de jogo com Léo Moura.
  2. Deivid nas poucas vezes em que participou da partida estava impedido.


Conclusão
Se é verdade que poderíamos ter vencido, também poderíamos ter perdido. Então, prefiro ver "o copo meio cheio" e comemorar.
Era um jogo de estreia, na casa do adversário e contra o principal rival no grupo. Assim, é possível entender a tática do Joel. Porém, para os demais jogos não acredito que a postura do time continue tão defensiva. Ainda mais porque teremos a volta do Vágner Love.

E você, o que achou? Dê o seu pitaco aí nos comentários.


FLAmém!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

LA BATALLA EN LA FORTALEZA

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!



Tudo indica que o Flamengo terá que ser muito Flamengo na difícil batalha que teremos logo mais em nossa estreia na fase de grupos da Libertadores. Embora não tão badalado, o Club Atlético Lanús é um tradicional representante da escola argentina. Ano passado, o time foi vasco-campeão do torneio clausura, ficando atrás apenas do Velez Sarsfield. Depois, teve uma queda brutal de rendimento, terminando o apertura somente na sexta colocação e, neste ano, foi eliminado da Copa Argentina pelo inexpressivo Barracas Central, que não passa de um Madureira portenho, com as cores do Bangu.



Porém, na última sexta-feira, nosso adversário parece ter afastado a crise ao golear o San Lorenzo por 4 a 1 e, por isto, precisará de um bom resultado conosco para espantá-la em definitivo. O que torna o confronto ainda mais complicado do que naturalmente já seria. Assim, todo cuidado será pouco lá em "La Fortaleza", como é conhecido o estádio do Lanús. 


Por causa de uma expulsão, após o final da partida de nossa despedida na Libertadores de 2010, Vágner Love mal reestreou e já será desfalque. Assim, não poderemos contar com nosso único atacante que parece ser móvel. Resta torcer para que Ronaldinho, motivado pela convocação e com o bolso cheio, não se esconda lá no canto esquerdo do ataque e honre o alto salário que o Flamengo lhe prometeu pagar. Na meia cancha treinamos ontem com Williams, Maldonado, Renato e Bottinelli. Se for esta a escalação, Joel priorizará a experiência, em detrimento da velocidade, com a saída do Luiz Antônio, absurdamente vaiado em um joguinho já decidido. Outra opção treinada foi a entrada do Airton no lugar do Bottinelli, favorecendo a marcação.



Nosso adversário também terá desfalques importantes: Camaronesi (campeão do mundo com a seleção italiana) e Regueiro (experiente meia-atacante uruguaio). Porém, mesmo assim, o time deles é bom, o que mostra a força do seu elenco. Teremos que ter cuidado principalmente com o habilidoso meia Valeri (que já foi comparado a Riquelme), o jovem meia-atacante Juan Neira (provável substituto do Regueiro) e o centroavante artilheiro Pavone.



Fora de campo, mais uma demonstração do quanto o Flamengo precisa se organizar. Um grupo de heróicos rubro-negros dos mais variados lugares deste país resolveu encarar todas as adversidades de até 12 horas de viagem (para alguns), sem contar o tempo perdido com conexões e atrasos, para assistir a um jogo na periferia de uma grande cidade estrangeira. Sem apoio algum do Flamengo, que sequer forneceu informações sobre como poderiam adquirir ingressos, um dos integrantes, Walter Monteiro (Embaixador da Nação no Rio Grande do Sul - Fla-RS - e sócio proprietário do clube) entrou em contato com a área de Relações Públicas do mandante do jogo, por meio de um email obtido no site oficial deles. A RP do Lanús foi gentil e prestativa respondendo as suas dúvidas com agilidade, enviando mapas para facilitar a chegada à "La Fortaleza", indicando as opções de transportes a partir do centro de Buenos Aires, fazendo recomendações como a de não irem de uma cidade a outra vestidos com o manto e garantindo que não haveria problema para que conseguissem os ingressos e que toda galera ficaria em um local reservado dentro do estádio. Será que o Flamengo não poderia ter tomado tal iniciativa para ajudar quem se aventura a dar uma força para o nosso esquadrão? E se um torcedor do Lanús quiser fazer o mesmo no jogo da volta, será que teremos alguém para fornecer informações semelhantes?



Uma dica para nosso time se impor desde os primeiros minutos é imaginar que a camisa rosa-grená deles é a do  Florminense. Gostaria muito de ver em campo a coragem pregada por nosso treinador na coletiva para jornalistas argentinos ontem.  ¿Puede to be, Joel?

FLAmém!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

NOVO TÉCNICO, VELHOS PROBLEMAS

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!


  
O Flamengo estreou ontem um novo treinador e uma nova camisa, porém as novidades parecem que ficaram por aí. Em campo, voltamos a cometer os mesmíssimos erros do questionado Luxemburgo. Não foi possível observar qualquer evolução. Mesmo em relação à disposição dos jogadores. Ao contrário do que se previa, ninguém pareceu correr pelo Papai Joel. Renato continuou aparentando ser o dono da bola, pois, mesmo errando bastante, só foi substituído no último minuto. A esperança (?) de mudança mais uma vez ficou por conta da entrada do ineficaz Negueba. Na escalação a mesma fixação por volantes em detrimento dos meias e nas substituições erros ainda piores do que os que antes questionávamos. Assim, fica realmente difícil.
   
Ronaldinho, "o comandante do bonde" nas palavras do próprio Joel, merece um capítulo à parte. Antes do jogo era dúvida. Mas, sua conjuntivite ficou curada assim que foi informado do depósito bancário feito pelo clube referente aos seus direitos de imagem, cujo pagamento estava atrasado por parte da Traffic. Assim, com o bolso cheio e sem a presença do desafeto Luxa no banco, era de se esperar que, pelo menos, demonstrasse vontade. Mas, ficou escondido no ataque, não criou, se limitou a poucos passes de efeito, perdeu bisonhamente um pênalti e saiu vaiado por parte da pequena torcida presente no estádio.
  
Quem achava que bastava tirar um técnico para, como num passe de mágica, tudo mudar, teve a chance de observar que a realidade não é tão simples como gostaríamos. Como dizem, "somente no dicionário que sucesso vem antes de trabalho".  O "doping emocional" do anúncio da saída do Profexô parece já ter cessado seus efeitos.
   
As trapalhadas continuam acontecendo fora das quatro linhas. Mais uma vez, vemos o Flamengo correr para tentar inscrever os dois novos reforços (Love e González) nos últimos instantes. O motivo? O de sempre: demora para realizar os pagamentos.
  
Com o rompimento com a Traffic, o Flamengo ficará responsável pela remuneração integral do citado R10. O que significa dizer que nosso departamento de marketing terá que ser pró-ativo e correr atrás de negócios. Dá para ter alguma expectativa de que isto aconteça? 
  
Bem, mas como a multa rescisória do Gaúcho é alta, resta torcer para que o retorno aconteça, ao menos, na esfera esportiva, com grandes conquistas. Mas, para isto será preciso mudar a forma deste time jogar. Atualmente, somos uma equipe lenta, previsível e com poucas variações táticas. Joel costuma iniciar seus trabalhos pelo ajuste na defesa. No estadual, ainda não tomamos gols, mas acredito que isto não seja um bom parâmetro. Gostaria muito de não sofrer a cada bola aérea lançada sobre a nossa área.
  
O resultado de ontem foi o que menos importou. O foco é, e precisa realmente ser, a Libertadores. Estes jogos do carioquinha servirão para o novo treinador ir conhecendo os jogadores e ir ajeitando o time. Mas, o tempo é curto. Então mãos à obra!
  
De resto, é torcer para que os reforços se encaixem bem na equipe, que o time demonstre raça e que a situação política não coloque tudo a perder. Apesar de tudo, continuo bastante esperançoso. Confio na capacidade do Flamengo de se superar nas crises. E você?

Saudações rubro-negras,
FLAmém!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

E SE FOSSE NUMA GIGANTE DE TI...

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
 Salve, Salve, FLAleluia!



Alguns dias atrás, em uma gigante do setor de tecnologia, o diretor financeiro entra na sala da presidente com uma série de relatórios na mão. Desanimado, aponta para alguns gráficos e para os demonstrativos de fluxo de caixa. Depois de algumas explicações, a chefe fala:

- Não adianta ficar me mostrando números. Você sabe que não entendo nada disto. É por isto que tenho você por perto. Traga-me soluções e não problemas. Todos sabem que negociação não é a sua especialidade, ? Então, concentre-se em  resolver o problema. O precisamos fazer?

- Estou te mostrando que, se continuarmos nesta inércia, teremos problemas sérios em breve. Por isto, trouxe nosso cash flow e nosso budget. Os empregados não suportam mais a gerente do Projeto Américas, nosso principal sistema. Nossa área de marketing fica totalmente passiva, esperando que negócios caiam do céu. As matérias sobre a empresa parecem que saíram das páginas de negócios para as colunas sociais. É só fofoca! - respondeu o diretor com seus jargões corporativos e sua conhecida língua venenosa.

- Lá vem você com sua picuinha pessoal com a Geni Luxemburgo. Como posso demiti-la? Já notou que todos a culpam por qualquer problema na empresa? Se ficarmos sem ela, tudo irá respingar na gente. Aí como poderei me manter na presidência?

- Mas, até coisas normais, com a participação dela geram ruídos. Ela é um para-raios e o melhor é nos afastarmos da tempestade. Por exemplo, é fato que todo gerente indica funcionários de confiança para participar de projetos sob sua supervisão. Correto? Mas, quando a indicação é da Geni, já sabemos que virão pedradas. Todos jogam pedra na Geni. Ela é sempre suspeita. Ninguém confia nela. Sempre vão dizer que existe algum motivo oculto, algum apadrinhamento naquela contratação.  O deadline dela aqui na empresa já chegou. Não dá mais! As pauladas na Geni já estão sobrando para nós. Os funcionários já ameaçam fazer greve. Nosso principal projeto está sob risco. Teremos uma venda importante aos bolivianos. Se der qualquer coisa errada, adeus Américas. Será uma humilhação depois de tanta expectativa. Pense nisto! Você sabe que sou teu amigo e que a tua continuidade na empresa é também a minha.

- Os empregados também estão enfrentando problemas salariais. Não é apenas raiva da chefia. Por falar nisto, como está a solução da questão remuneratória? Todos já estão com os salários em dia?

- Os salários estão em dia! O problema é na parte por fora da carteira. Como os valores no mercado estão muito altos, se tivermos que pagar todos os impostos iremos quebrar. Esta é uma solução padrão que qualquer empresa no nosso setor adota, para combater o Custo Brasil. Na hora de assinar, todo mundo quer ser esperto e achar que está dando uma volta no governo. Então, que assumam o risco, ora bolas!

- Mas, e a multa? Como vamos cumprir com esta obrigação. Maldita hora em que aceitei a sugestão de vocês de fazer um contrato longo e com multa alta, já que foi assinado como sendo com uma PJ.

- Mas, presidente, era nossa única alternativa. Se não fosse assim, ela não viria. Naquele momento, precisávamos dela. Foram as suas condições. Fazer o quê? Mas, o pior foi quando ela pediu para sair no final do ano e exigiram que ela cumprisse aviso prévio. Assim, perdemos a chance de ouro de trocar de coach sem custo.

- Você sempre aceitando as condições que te impõem, não? Veja o custo que teremos quando resolveu trazer aquele novo funcionário, o Vágner? Queria entender que negociações são estas que sempre entubamos qualquer pedido. Pois bem, inicie o processo de fritura da Geni. Faça com que ela peça para sair.

Passaram-se alguns dias e as reclamações contra a gerente do Projeto Américas não cessavam. Vinham de todo canto. Ela parecia ser realmente uma pessoa bastante difícil de se lidar. Porém, ninguém suportava tanta pancada quanto ela. Era inacreditável como apanhava e continuava firme. Qualquer outra pessoa já teria saído, mas a Geni era orgulhosa e apegada demais ao cargo para isto.

Estava se aproximando o dia da reunião de venda para os bolivianos. Diante da ameaça de greve, a presidente autorizou que contratassem um novo gerente. Teria que ser alguém com habilidade de relacionamento interpessoal, alguém que fizesse a equipe suar por ele.

No dia da importante reunião, a presidente convocou a diretoria para anunciar que havia contratado o Natal, mas ele só poderia assumir após a reunião com os bolivianos. Aproveitou e pediu que alguém fizesse a informação chegar aos funcionários de forma extraoficial, naturalmente.

Tudo teria dado certo se a notícia não tivesse se espalhado. Todo mundo sabia que um novo gerente havia sido contratado. Que grande confusão! O pior é que para remediar, aquela diretoria trapalhona conseguiu piorar tudo. Quando a presidente quis entender porque motivo a informação teria vazado, o diretor de projetos explicou assim:

- Para variar falou espírito de equipe. Cada um chamou sua Candinha predileta e pediu sigilo que sabíamos que não iria ocorrer. Como muitas Candinhas foram avisadas, não demorou para que até mesmo jornalistas especializados fossem avisados. Ficamos apavorados e entramos em deadlock. Para espalhar a notícia,  todo mundo se ofereceu, mas na hora de alinharmos uma solução ninguém se apresentou.
- Luís, novamente agradeço sua franqueza, mas, diante da situação, para que eu possa tirar a Geni, preciso do seu cargo. Será a minha desculpa. Pode ficar tranquilo que assim que a poeira baixar te arrumo outra boquinha por aqui.

Assim foi feito! A presidente aproveitou a reunião e pediu o contrato do Natal para assinar e de novo lá estava um contrato de longo prazo com uma PJ e contendo multa rescisória. Ao perguntar o motivo, veio a explicação do diretor financeiro:

- É porque foi a exigência dele. Não tivemos alternativa!

É... parece que não tem jeito. Os mesmos erros continuarão a acontecer. Ainda bem que a empresa é gigante para suportar tantos problemas e a atual administração não ficará lá para sempre.

Não se sabe como, mas mesmo diante de tanta incompetência, no final as coisas acabam dando certo. Não duvido nada que a atual crise gere a união que faltava para que a empresa se torne, neste ano, a líder do setor em toda a América do Sul.

 FLAmém!


PS: Esta é uma história de ficção, afinal coisas amadoras assim jamais ocorreriam em qualquer organização, não acham?


PS2: Para quem estranhou um blog rubro-negro nas cores azul e vermelho, basta ver a camisa do Joel em sua reapresentação.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pós-Culto: Botafogo 0 x 0 Flamengo

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!



Principais Virtudes:
  1. Defesas salvadoras do Felipe
  2. Mantivemos a invencibilidade. Ah! Não considera isto vantagem? Então, tente arrumar outra, pois eu não consegui! rsrsrsrs

Principais Pecados:
  1. O time foi muito mal, repetindo quase todos os erros da época do Luxemburgo
  2. Falta de criatividade no meio-campo
  3. Toda bola lançada sobre a área resulta em perigo de gol para o adversário

Quem mereceu ir para o paraíso?

Felipe - Mais uma vez, salvou o time com boas defesas.


Quem mereceu ir para o Purgatório?

O mais justo seria colocar quase o time todo no purgatório. Mas, vamos escolher os que mais nos levaram a cometer o pecado da ira:
  1. Ronaldinho - Começo pelo astro do time. Enquanto ficar achando que o justo é aplicar a Lei Vampeta ("O Flamengo finge que paga e eu finjo que jogo") o melhor é que faça como no treino de sexta: peça uma licença médica e fique fora. O mínimo que se exige para se jogar no Flamengo é demonstrar vontade.
  2. Williams - além do já tradicional festival de passes errados, ele fez um pênalti (felizmente, não marcado) e foi expulso por debochar do fraco juiz. Ou seja, errou tudo!
  3. Negueba - novamente, errou tudo que tentou. Desta vez, nem prender a bola no ataque conseguiu. Completamente inútil.
  4. Welinton e David Braz - a dupla de zaga vai junto para o purgatório, pois não é possível que toda bola lançada no alto sobre nossa área resulte em perigo de gol para o adversário.
Ressalta-se que Pathrice Maia, o juiz, errou tudo para os dois lados e merece ir direto ao inferno! Muito fraco!


Conclusão
Cada vez fica mais comprovado que este time só joga quando tem vontade. Se pararmos para pensar que isto pode ter nos custado um brasileiro.... 

Ronaldinho, pelas imagens captadas pela TV, indicando o número sete quando o Maldonado ia entrar, após a expulsão do Williams, parece que começou sua carreira de treinador. Porém, começou mal, substituindo o Bottinelli, nosso único armador.

Joel vai ter muito trabalho pela frente. O principal vai ser fazer com que os jogadores tenham vontade de estar em campo honrando o manto. Também, será preciso encontrar uma nova forma de jogo, onde o time possa ter alguém para armar o jogo.

Por fim, a pergunta que não quer calar: o time foi dirigido pelo Luxa? rsrsrs

E você, o que achou? Dê o seu pitaco aí nos comentários.


FLAmém!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

FLAMOR ETERNO

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!



"O tempo é muito lento para os que esperam;
Muito rápido para os que tem medo;
Muito longo para os que lamentam;
Muito curto para os que festejam;
Mas, para os que amam, o tempo é eterno
."

Pois é, Shakespeare! Nestes tempos de Joel, To Be Flamengo or Not To Be Flamengo. Eis a questão que parece determinar se a paixão é ou não é eterna!

Flamengo Eternamente, eu serei! Era Flamengo antes de nascer, vivo Flamengo e, fatalmente, continuarei a ser após morrer! Não sei onde estarei, nem sei no que eu acredito. Reencarnarei ou eternamente viverei? Mas, com toda certeza, eu sei que do Flamengo não largarei!

Ou como diria Nelson, o Rodrigues: "Todo amor é eterno. Se não era eterno. Não era amor"! Então, posso concluir que o Flamengo é um amor verdadeiro! Pois, como nos brindou Mário, o Quintana: "Tão bom morrer de amor e continuar vivendo". Eis o significado do FLamor, é este amor que nos faz viver.

Como explicar amar o Flamengo, mesmo com todas as suas crises. Ora, o Pequeno Príncipe já nos ensinava que "o verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá, mais se tem." No entanto, já disseram que "amar não é aceitar tudo, pois onde tudo se aceita, deve-se desconfiar de que falte o amor".  Assim, meu amor pelo Flamengo não é cego. "Já pensei em te largar, já olhei tantas vezes pro lado, mas quando penso em alguém, é por você que fecho os olhos". Não é Jota Quest? Assim, não é algo racional, é, na verdade, muito mais do que isto. É completo! Preenche todos os sentidos! E é bom! Muito bom!

O amor pelo Flamengo é algo tão grande que mobiliza a todos. Ao arco-íris, sou indiferente. Não me importam os outros. O Flamengo me basta. Mas, até quem não é Flamengo, vive pelo Flamengo. Só que pelo caminho errado, o da negação. Todos são loucos pelo Flamengo. Não importa se torcem a favor ou contra, mas todo mundo torce com bastante força. O Flamengo é sempre o motivo, a razão. Amado ou odiado, porém jamais ignorado!

De novo recorro ao Mário Quintana para dizer que a "eternidade é um relógio sem ponteiros", onde cada segundo é medido pelas batidas de nosso coração e a única forma de medir nosso amor ao Flamengo é amá-lo sem medida.

E creio na existência de fatos eternos, assim como a única verdade absoluta é que o amor pelo Flamengo é imortal, é eterno!

Flamengo Eternamente, eu serei!

FLAmém!

PS: Minha homenagem ao blog Flamengo Eternamente pelos seus quase m milhão e meio de acessos no ano passado. Sucesso combina com Flamengo!