quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Segundo Round entre Urubus e Gaviões com Participação da Turma do Céu


Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!

Esta havia sido uma semana bem diferente da última. Antes da "Primeira Grande Batalha", os gaviões voavam serenamente em “céu de brigadeiro”. Entretanto, nestes últimos dias, já mostravam sinais de preocupação. Então, trataram de treinar arduamente.

Já os urubus, conhecidos no reino por não gostarem de se preparar de forma adequada para as batalhas, também se dedicaram, concentrando-se no próximo e decisivo round. O ambiente conturbado dera finalmente lugar à tranquilidade.

Enquanto isso lá em cima .....

São Judas Tadeu andava satisfeito pelos jardins celestiais. De longe, avistou um cavalo, então estendeu sua machadinha no gramado e se sentou à espera do amigo guerreiro.


Algum tempinho depois, sem ao menos descer do cavalo, São Jorge já bem próximo, cumprimenta o colega em seu inconfundível paulistês:


- Orra meu! Tô adiantanu meu lado, mas uns pés de breque num misquece.


- Coé, mermão! Semana passada seus protegidos desfilavam arrogância e agora, está parecendo que, finalmente, entenderam o que significa enfrentarem meus queridos urubus. Respondeu, em carioquês, São Judas Tadeu.


- Mas meu, desta vez, eles estão levando mais a sério. Eu é que não estou tendo descanso, toda hora tem algum suplicando por minha ajuda.


- Pois é, brô, ninguém merece! Na semana que antecedeu a "Primeira Grande Batalha", eu estava exausto de tanto ter que intervir no ninho dos urubus. E, agora, posso até ficar aqui na maciota. Eles estão confiantes, acreditam em si mesmos novamente e acham que podem me poupar.


- Ô loco, meu! Vai einteinderrr essas aves....


Neste clima, o Santo das Causas Impossíveis resolveu intervir. Há muito que a calmaria não tem feito bem aos urubus, que, incrivelmente, costumam se dar melhor em meio a turbulências. Assim, durante a fase de preparação, São Judas Tadeu deu um pequeno sumiço no Urubu Imperial, fazendo-o dormir por várias horas, quando pousava fora do ninho. Os súditos ficaram aflitos com seu repentino desaparecimento. Nenhuma notícia! Teria acontecido alguma coisa? Mas, como não era a primeira vez, logo deixaram para lá. No dia seguinte, a ave reapareceu e tudo voltou à rotina.


O horário estabelecido para o duelo foi se aproximando. Aliás, o tempo nunca havia passado tão devagar assim. Pouco antes do segundo round começar, enquanto São Jorge estava agitado, cavalgando de um lado para o outro para atender tantas preces, o santo protetor dos urubus, escutava algumas súplicas, é verdade, mas nada que lhe desse tanto trabalho. Assim, resolveu repousar, deitou-se na relva do éden e.... dormiu o santo sono dos justos.


Algum tempo depois, São Judas Tadeu é acordado por uma multidão de urubus voando em total desespero. Parecia até um terremoto de tanta força que faziam em uma revoada frenética para pedir sua santa ajuda. Agora sim.... estava diante de mais uma causa aparentemente impossível! Bem ao seu feitio.


São Jorge que, até então, cantarolava com a recuperação de seu principal gavião, o Fofão. Já se preocupou ao ver ao ver o ânimo do santo colega. E seu pressentimento novamente não falhou...


Como que por encanto, os urubus retornaram para a segunda fase do duelo em um estado de ânimo renovado e agora, reforçados, pelo experiente Filho de Kleber (copyright: Arthur Muhlenberg), que entrara para a disputa no lugar do Pachequinho, promissora ave, mas que havia mostrado uma afobação típica de jovens abutres.


Mesmo assim, o segundo circuito foi vencido pelos gaviões. Entretanto a vitória final no duelo acabou sendo dos urubus. Por pontos! O combate havia sido fantástico, sensacional, um dos espetáculos mais emocionantes dos últimos tempos. Todos estavam de parabéns pelo show.


Já pensando nos próximos adversários, São Judas Tadeu estava pensativo começando a se preocupar com uma eventual acomodação de seus guerreiros durante as próximas contendas. Eis que surge São Jorge, com uma papelada nas mãos, dizendo:


- Ô meu, pede para seus urubus voltarem. Acredito que convencerei o Chefe a promover novo e decisivo desafio.


- Qualé, cara! Tá de bobeira! Vai virar chorão, também?


- Sabe o que é... Os mano lá do DataCéu acabam de entregar a meu pedido um dossiê garantindo que, na realidade, houve um empate técnico.
....Pano rápido!....
Antes de terminar, gostaria de fazer dois agradecimentos:

  1. A amiga Marta Maria Fadel de Daschieri pela sugestão de utilizar São Judas Tadeu em minhas homilias e

  2. Ao Fábio Gil pela inspiração para montar o fechamento deste enredo ao ler, em seu blog Urubuzada, o texto: "Empate Técnico". Espero que ele não fique chateado com o plágio. :)
Vamos manter a humildade e os pés no chão,
Com seriedade,
no Bi da Libertadores...
Eu acredito! E Você?
Comente e Opine abaixo!

FLAmém!

PS: Artigo transcrito no jornal Montbläat, criando uma seção especial para a Palavra da Salvação Rubro-Negra! :)

Um comentário:

  1. É JEFF, tem muta coisa errada acontecendo neste time do Flamengo e tem que mudar, ser corrigida por um treinador de verdade, o que não temos, mas por enquanto valeu pela classificação, e só!!

    Ah, e também pelo fato de devolver os #Sentenada ao devido lugar, é claro! rsrs Como te disse no twitter, tudo no devido lugar...

    Abração e SRN

    Ivan Pantaleão
    blog Aqui é Flamengo, Moleque!

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