domingo, 7 de novembro de 2010

VENCER, VENCER, VENCER

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!

Era uma vez, um maltrapilho, um sujeito de aparência humilde, maltratado pelo tempo. Neste mundo de aparências, ninguém dava nada por ele. Costumava fazer discursos, mas poucos prestavam atenção em suas palavras. O mundo estava sempre correndo e ele, estático, parado. Havia sempre algo mais importante a ser feito do que perder tempo com "um fracassado". Assim pensavam aqueles que passavam à sua frente. Às vezes, alguns lhe davam esmolas. Ele gentilmente agradecia, pois precisava delas para se alimentar. Mas, poucos prestavam atenção nele, no que dizia ou, ao menos, olhavam em seus olhos.

Naquela manhã, ele pegou seu caixote de madeira, andou até a praça e, como de costume, fez da caixa o seu púlpito. Assim, começou a pregar.

- Venderam o manto! As forças da natureza, então, jogaram contra os vendilhões do Manto.

O incomum é que, desta vez, havia plateia. Não se sabe bem o motivo que alguns resolveram parar para ouvi-lo. Talvez uma força maior, talvez o assunto, o fato de falar sobre um manto sagrado, mas alguns pararam e prestaram atenção nas palavras pronunciadas por aquele homem.

- Por 25 dinheiros, venderam o manto! Mancharam-no de azul. Colocaram a figura do nefasto travestido de mulher. Muitos acreditaram! Aceitaram! E até compactuaram! Negócios foram realizados. Beberam leite. Comeram carnes.

Alguém da plateia resolveu interagir e perguntou em alto tom:
- Ora, você não sabe de nada. Sem dinheiro, o mundo não gira. Salários precisam ser pagos. As pessoas e as organizações precisam do dinheiro. Não fique aí pregando contra o dinheiro!

O velho continuou sem alterar o tom de voz:
- Em verdade eu vos digo, sem dinheiro não nos alimentamos. Agradeço aos céus pelas esmolas que recebo. Elas garantem o meu sustento. Mas, é preciso estabelecer limites. Do contrário, vira ganância. Sujou-se o manto. Ficou marcado! O resultado é que o dinheiro não trouxe a felicidade! Pelo contrário, veio acompanhado de uma série de infortúnios. Tão grandes que o próprio dinheiro parou de jorrar. Este é o círculo vicioso do desrespeito ao que é sagrado!

Enquanto alguns continuavam a protestar, um pequeno garoto resolveu perguntar.
- Senhor, mas o que podemos fazer para reverter a situação?

- É por isto que gosto das crianças. São as únicas que quando passam têm a coragem de me encarar. Não estão viciadas pela matéria! Filho, eu vos declaro! Em primeiro lugar, deixe claro que não compactua com as negociatas. Deixe claro que há limites. Assim, não basta não comprar mais desses produtos. Não basta parar de pagar a quem acha que tudo pode pelo simples fato de ter dinheiro. No entanto, é preciso evitar que isto ocorra novamente. É preciso servir de voz para que tal heresia jamais volte a ocorrer.

E continuou:
- Muito dinheiro sujo já jogou muita gente grande no limbo. No mundo subalterno, que chamo de série B. Cultos passaram a ser realizados terças e sextas porque alguns resolveram achar que dinheiro pode tudo.

- Estamos ferrados, ouviu-se alguém gritando na multidão.

Antes que o desespero tomasse conta, o antes maltrapilho encarado agora como profeta do apocalipse disse:
- Calma, irmãos. Pela mancha no manto, ídolos se cosideraram acima do bem e o prejuízo foi visível. Dinheiro conitnuou sendo a palavra chave na cúpula. Até o Messias foi açoitado por dinheiro. Porém, o livro ainda está sendo escrito. O final pode ser mudado pelo livre-arbítrio de cada um. É preciso descer do pedestal. É necessário calçarem a sandália da humildade. Não basta se acharem mais fortes do que tudo. É preciso concentração total em cada batalha a ser enfrentada daqui em diante. Vocês têm a Força. Saibam usá-la.

Após uma pequena pausa para contemplar que finalmente foi escutado, ele continuou:
- A força esta na união de pensamentos. Um furacão está próximo. Contudo, se tiverem a humildade de reconhecer que o momento é grave e que vocês não estão acima de tudo, como o dinheiro do patrocinador que escolheram, podem transformar o forte vento em uma pequena brisa.

E finalizou:
- Ouçam o hino sagrado. Todos juntos se concentrem em um só pensamento:
VENCER, VENCER VENCER...
Que FLAssim seja
Palavra da Salvação rubro-negra.
FLAmém!

PS: Você leu minha entrevista ao FLAgrantes da Nação? Se não leu e quiser me conhecer um pouquinho mais, clique aqui e deixe um comentário.

4 comentários:

  1. Muito bom, Jeff!
    E esse furacão será controlado e no final, vai ser tão leve quanto um susurro no ouvido.
    Flamengo pode ter todo o dinheiro do Mundo, mas nunca será mais valioso que nosso Manto e nossa Nação!

    SRN e grande abraço!

    @RenatoCroce (Alexi Lalas)
    http://flamanolos.blogspot.com

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  2. Isso aí Pastor Querido...mancharam o manto com essa esfinge do mal e agora estão toando na cabeça!
    Não comprei produtos com esta esfinge do mal, não aceitei, nem compactuei com tal eresia.
    Tenho aqui comigo um MAnto 3 com a maldita esfinge, mas pq ganhei de premio no site da OLK, numa promoção,onde aproveitei pra homenagear meu amado Pai...e só por isso ele tem valor INESTIMÁVEL pra mim.
    Acredito que se for pra colocar outro absurdo deste no Manto Sagrado que é melhor ficar sem patrocínio nenhum...eu compraria as 2 camisas feliz da vida.
    Que estes vendilhoes dos infernos ejam banidos, em breve do Flamengo, e que as injúrias jogadas contra nosso Messias sejam entubadas nos mesmos...e que ELE volte, pra nos levar de volta, onde ELE nos colocou um dia
    SDS RN ALWAYS

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  3. Pastor Jeff,

    Quando o torcedor consegue ser Flamengo fora das arquibancadas, está mostrando seu poder de opinião e seus desejos para tornar o Flamengo uma marca muito maior do que já é! Isso só será atingido quando outros agirem assim! Amar o Flamengo de paixão na hora do jogo, torcer, se divertir, zoar e amar o Mengão com razão fora dele! Cobrar gestão, um novo estatuto, mudança na postura e comportamento dos dirigentes. Enfim, fazer dessa paixão um entretenimento muito bem gerenciado para todos e não para poucos.

    Que as metaforas do seu texto sirvam de inspiração para outros rubro negros

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  4. Jeff,

    Grandes metáforas e grande texto! Como sempre está de parabéns!

    Um abraço!

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Obrigado por dar sua opinião. Nesta Igreja, devoto tem voz, afinal o Flamengo somos nós!