A Confissão

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve Salve, FLAleluia!

Confesso, irmãos, que, durante o culto ao Flamengo Supremo ontem, eu pequei! Por pensamentos e palavras, eu pequei!

Cometi, irmãos, o pecado da ira! Senti raiva! Muita raiva! Em plena Missa! Senti raiva da atuação do time, a pior desde que Vanderlei assumiu.

Cometi, irmãos, o pecado da ódio! Senti uma aversão absoluta à displicência do Kléberson e a incapacidade do Deivid em fazer qualquer coisa útil.

Cometi, irmãos, o pecado da revolta! Senti um grande sentimento de reprovação diante do resultado do jogo. Empatar com o Vasco é inadmissível! Temos obrigação de conquistar os 3 pontos contra os eternos vices. Neste campeonato, nos dois jogos, fizemos apenas dois pontinhos! Absurdo! Não dá! Não pode ser! Se considerarmos que, no ano passado, eles estavam ocupados lutando contra adversários do mesmo porte, já são dois anos sem vencê-los no Brasileiro. Por isto, confesso que xinguei muito após o culto, ainda no templo. Pequei, irmãos!

Cometi, irmãos, o pecado da inveja! Senti um desejo grande de ir ao Culto em nosso próprio templo, como vários outros estão fazendo por aí. Definitivamente, não me adaptei ao Engenhão. Não me conformo com o fechamento do Maraca e, o pior, para tentar transformá-lo em algo parecido com o templo de ontem. Um lugar elitista, sem alma, onde parece que estamos assistindo ao jogo em pay per view.

Cometi, irmãos, o pecado do desprezo! Senti uma total repulsa pelo infundado chororô viceíno. Não sei se foi por influência do inquilino oficial do templo de ontem ou se por acreditarem que é por essa característica desprezível que o chorafogo virou queridinho da mídia arco-íris, sonho eterno do vice-da-gama.

Cometi, irmãos, o pecado supremo da falta de fé. Cheguei a duvidar das chances de nos classificarmos para a Libertadores. Desisti de fazer contas. Não dá para comemorar a classificação para a Sul-americana. Então, quero ultrapassar os 45 pontos e esperar logo o ano, que não deveria ter começado, acabar!

Hoje, com a cabeça já no lugar e livre pelo poder da confissão, já sonho com um 2011 fantástico. Não sou de ficar pensando na mediocridade. Xô 2010! Até agora, ninguém se classificou para a Libertadores, em edições passadas, com menos de 61 pontos (chegaremos, no máximo, a 59). Também, ninguém havia sido campeão com 67 pontos, até o Flamengo, no ano passado, mostrar que era possível. Assim, sem fazer muitas contas, vou torcendo jogo a jogo para, ao menos, vencermos os compromissos que nos restam e terminarmos o campeonato em posição digna. Se até lá, os outros colaborarem e nos deixarem chegar.... vocês sabem!

Palavra da Salvação Rubro-negra,

FLAmém!