Salve, Salve, FLAleluia!
Diretoria reunida na Flamengo Linhas Aéreas (FLA) que vem apresentando resultados abaixo do esperado, mesmo possuindo uma marca bastante forte e clientes fiéis. A presidente, nervosa, cobra uma posição dos diretores :
- O que vocês têm a me dizer sobre a nossa atual situação?
Silêncio constrangedor! Ninguém na sala se pronuncia!
A presidente, então, continua em um tom mais enfurecido:
- Desde o início venho fazendo o que vocês vêm me sugerindo e as coisas não estão dando certo. Isto não pode continuar assim! Aconselhada por vocês, quando assumi não nomeei pessoas ligadas a mim para a área de produção. Mantive o time anterior até não dar mais. Braz, o antigo diretor de produção, deixou o ambiente se tornar uma verdadeira baderna. Estava ficando insuportável. Não dava mais. E o que dizer do Comandante Andrade, mantido no posto de comandante geral? Chegou a me pedir conselhos!
Risos foram escutados na sala. Todos sabiam que a presidente nada entendia do negócio principal da empresa. Era uma hábil negociadora que assim chegou ao posto principal. Mas, dar conselhos a algum comandante seria impensado. Esta história só podia estar mal contada, mas como a chefe gostava de repeti-la inúmeras vezes, acabou sendo considerada na empresa como se verdade absoluta fosse.
Ela continuou seu longo monólogo:
- O planejamento foi feito, presidente. As coisas estão caminhando dentro do esperado. Claro que há certa margem de erro. Mas, nada que nos afaste muito de nosso business plan de recuperação. O projeto está sendo bem sucedido. Ajustes são normais em um planejamento.
Um diretor que dizem sonhar com o cargo atualmente ocupado pelo Luiz Augusto resolveu se intrometer, questionando-o:
- Como pode estar tudo dentro da normalidade? Eu avisei que esse professor estava decadente. Os funcionários não o suportam mais. O clima está péssimo. Não tem sangue nos olhos da equipe, as viagens estão sendo feitas por fazer e os clientes sentem isto. As revistas especializadas também estão bastante céticas com nossa performance. Isto é estar bem para você?
- Os críticos têm outros interesses. Querem nos prejudicar. Alguns têm problemas pessoais com o Professor! E, vamos ser sinceros, tem muito funcionário aí querendo uma molezinha. Não podemos nos curvar a eles. Entre as viagens, ele não param de ir para à farra. É festa em cima de festa! Depois, cansados de tanto se divertir, não aguentam cumprir a obrigação com zelo. Temos que ser firmes e se preciso for iremos mudar toda a equipe - respondeu Luiz Augusto.
- Os funcionários daqui não são diferentes dos que existem nas outras empresas. Assim é o mercado. O Professor é que não está sabendo lidar com eles. Não adianta trocar a equipe de comissários ou pilotos. Os que chegarem não serão diferentes. O problema é de liderança. - retrucou o diretor que não gostava do professor.
- Por mim, o erro é de todos. Os funcionários não podem ter a postura que estão tendo e o professor não está sabendo motivá-los. A crise é geral. Daí os resultados abaixo da expectativa. - falou outro diretor.
Silêncio constrangedor! Ninguém na sala se pronuncia!
A presidente, então, continua em um tom mais enfurecido:
- Desde o início venho fazendo o que vocês vêm me sugerindo e as coisas não estão dando certo. Isto não pode continuar assim! Aconselhada por vocês, quando assumi não nomeei pessoas ligadas a mim para a área de produção. Mantive o time anterior até não dar mais. Braz, o antigo diretor de produção, deixou o ambiente se tornar uma verdadeira baderna. Estava ficando insuportável. Não dava mais. E o que dizer do Comandante Andrade, mantido no posto de comandante geral? Chegou a me pedir conselhos!
Risos foram escutados na sala. Todos sabiam que a presidente nada entendia do negócio principal da empresa. Era uma hábil negociadora que assim chegou ao posto principal. Mas, dar conselhos a algum comandante seria impensado. Esta história só podia estar mal contada, mas como a chefe gostava de repeti-la inúmeras vezes, acabou sendo considerada na empresa como se verdade absoluta fosse.
Ela continuou seu longo monólogo:
- Para o lugar de comandante geral, atendi uma indicação de algum de vocês e promovemos o Rogério, um comissário recém-aposentado, jovem e que poderia representar uma renovação. Foi um fracasso! Tal qual o sucessor dele. Também não tivemos sucesso em colocar no cargo de diretor de produção o Arthur, que foi o melhor piloto que esta empresa já teve. Adorado pelos clientes, seria o escudo perfeito que precisávamos. Com a saída dele, cujos motivos não vale a pena ficarmos lembrando, acabamos trazendo um renomado professor para ser nosso comandante geral. Foi uma reunião de seleção longa e exaustiva. Mas, por mim, parecia proveitosa, ele nos apresentou um projeto de recuperação. Em dois anos seríamos novamente a melhor empresa aérea do mundo. Tinha experiência e poderia nos servir de escudo. Sabemos que ele dá cara à tapa. Nós não podemos ficar de frente. Ele pode! Parecia realmente o nome ideal. Inclusive, teve sucesso em sua missão inicial de nos tirar do vermelho em 2010.
- Porém, muito mais por circunstâncias externas favoráveis do que por nosso próprio mérito, certo? Fomos ajudados pelo mercado - disse um dos diretores, que tinha, desde o início, bronca do tal Professor!
- Não me importa! O fato é que a primeira missão deu certo. Este ano também começamos bem. Os resultados vinham sendo favoráveis até agosto. E aí eu não sei o que ocorreu? Diga-me, Luiz Augusto, o que aconteceu? Você não pode ficar vivendo apenas dos louros de ter tido importante participação na minha nomeação para presidência. Afinal, você é o nosso diretor de produção. O que está acontecendo?
- O planejamento foi feito, presidente. As coisas estão caminhando dentro do esperado. Claro que há certa margem de erro. Mas, nada que nos afaste muito de nosso business plan de recuperação. O projeto está sendo bem sucedido. Ajustes são normais em um planejamento.
Um diretor que dizem sonhar com o cargo atualmente ocupado pelo Luiz Augusto resolveu se intrometer, questionando-o:
- Como pode estar tudo dentro da normalidade? Eu avisei que esse professor estava decadente. Os funcionários não o suportam mais. O clima está péssimo. Não tem sangue nos olhos da equipe, as viagens estão sendo feitas por fazer e os clientes sentem isto. As revistas especializadas também estão bastante céticas com nossa performance. Isto é estar bem para você?
- Os críticos têm outros interesses. Querem nos prejudicar. Alguns têm problemas pessoais com o Professor! E, vamos ser sinceros, tem muito funcionário aí querendo uma molezinha. Não podemos nos curvar a eles. Entre as viagens, ele não param de ir para à farra. É festa em cima de festa! Depois, cansados de tanto se divertir, não aguentam cumprir a obrigação com zelo. Temos que ser firmes e se preciso for iremos mudar toda a equipe - respondeu Luiz Augusto.
- Os funcionários daqui não são diferentes dos que existem nas outras empresas. Assim é o mercado. O Professor é que não está sabendo lidar com eles. Não adianta trocar a equipe de comissários ou pilotos. Os que chegarem não serão diferentes. O problema é de liderança. - retrucou o diretor que não gostava do professor.
- Por mim, o erro é de todos. Os funcionários não podem ter a postura que estão tendo e o professor não está sabendo motivá-los. A crise é geral. Daí os resultados abaixo da expectativa. - falou outro diretor.
- Alguém tem alguma ideia para reverter a situação no curto prazo ou seja imediatamente? - questionou a presidente.
- Mas, peraí, que história é esta? Os próprios clientes, sozinhos, já tiveram tal iniciativa. Por conta deles próprios. Por pura omissão nossa. O movimento chama-se Unidos pela FLA! O que falta agora somos nós mesmos fazermos a nossa parte - falou o diretor que desejava a cadeira do Luiz Augusto.
- Olha, o ano está acabando. Não adianta ficar chorando pelo leite derramado. Estamos chegando em nosso deadline. Falta-nos apenas uma viagem internacional de duas pernas, saindo de Macaé e indo até Portugal. O que podemos fazer concretamente, neste curto período de tempo, para recuperar a alegria de viajar com a FLA? Precisamos ser uma das melhores do país para termos o direito de ficar com as melhores rotas no próximo ano. Para pegarmos a rota das Américas e não mais a sulamericana? Vamos fazer um braimstorm. Quero ideias. Quem começa?
Silêncio constrangedor! Ninguém na sala se pronuncia!
É daquela sala é que a solução não iria sair mesmo. Está ficando sinistro!
Que os resultados venham! Nem que seja, como em alguns anos, de forma inexplicável, por pura magia rubro-negra (cores do uniforme da empresa) como costumam dizer por aí. O fato é que precisa dar certo!
FLAmém!
PS: Texto escrito para o Magia rubro-negra
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