segunda-feira, 4 de junho de 2012

Uma Releitura da História do Ronaldinho no Flamengo

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!

A novela que antecedeu a contratação do Ronaldinho Gaúcho movimentou desde o final de 2010 as redes sociais rubro-negras. Já no início de 2011, eu embarquei na euforia e fiz uma oração, que até hoje tem um bom número de page-views no Palavra da Salvação Rubro-Negra, clamando pelo jogador com o Manto Sagrado:


Pedido atendido! Deixo a lembrança do anúncio da contratação por aquele que ocupa lá no Urublog a posição de destaque na cúpula dos blogueiro rubro-negros, Arthur Muhlenberg:
"Depois de dias e dias a novela Ronaldinho Gaúcho terminou. Como sempre acontece nos folhetins eletrônicos, no ultimo capítulo as mocréias ficaram pra titia, o mocinho se deu bem e o genial dentuço foi mesmo pra Gávea Sinistra jogar pelo Maior do Mundo. Nada mais justo, porque só a Magnética, e mais ninguém, lutou com estilo e hombridade para manter a palhaçadinha em níveis mínimos. É claro que está sendo delicioso e esporrante assistir de camarote ao megafaniquito da gremistada cornoalegrense sem caixas-de-som, mas durante quanto tempo aguentaríamos ver tantas calcinhas azuis tentando passar por cima dos chifres? Bateram de frente com o Fuderosão, quebraram os cornos."

Mas, o Arthurzão fez um importante alerta no final do mesmo texto:
"Seja bem vindo, R10, a casa é sua. Mas, se liga, aqui é cada um com seu cada um. E todos pelo Mengão."


Portanto, era enorme a expectativa de que teríamos, enfim, um ano positivo, após o traumático 2010. Como nos disse o mestre Fábio Justino no Magia Rubro-Negra:

"Com o mesmo desempenho diante dos gaúchos em 1982 (Olímpico) e dos paulistas em 1999 (Mercosul), o FLAMENGO entrou de vez na briga e trouxe um dos maiores jogadores na história do futebol mundial. A torcida RUBRO-NEGRA está em festa e comemora com todos os motivos um início de 2011 totalmente diferente do término de 2010."


No mesmo artigo, André Costa nos brindou com seu enorme talento artístico com a imagem daquele que era, então, ansiosamente aguardado. 


Ronaldinho foi recebido como só a Nação Rubro-Negra sabe fazer, porém numa festa com a cara desta diretoria: cheia de falhas e sem qualquer planejamento, como muito bem mandou o FLamigo Jefferson Freire no Saudações Rubro-Negras, :
"Ontem ficou claro que Flamengo é Flamengo e a torcida é a grande responsável por isso. Uma festa repleta de falhas, é verdade, marcada às pressas, com falta de estrutura e um número absurdo de gente no palco. Aliás, a presença do “torcedor” Peruano no palco é a representação de que o clube Flamengo tem muito o que mudar. Infelizmente, a diretoria esquece que não somos uma torcida normal, mas sim uma verdadeira Nação. Em todos os eventos esse fato deve ser levado em consideração. Mas se tem algo que nunca decepciona é a Nação Rubro-Negra. A festa foi marcada em cima da hora, o local também, em horário ingrato para muitos, mas ainda assim a Nação compareceu e fez a sua parte, uma linda festa e reverência àquele que pode se tornar um grande ídolo."

A estreia diante do Nova Iguaçu, em um Engenhão lotado, continuou no clima de grande comemoração e foi promissora, principalmente pela vontade demonstrada pelo jogador naquela partida, como bem lembrou um grande companheiro, o Zeca Urubu no Blog das Torcidas:

"Uma estreia muito esperada aconteceu ontem. Eu confesso que agora estou bem empolgado com o Ronaldinho Gaúcho jogando com o manto sagrado, pois o que vi em campo ontem foi muita garra e determinação, tudo o que o rubro-negro quer em um jogador que veste o manto. 

Ronaldinho Gaúcho brigou pela bola, lutou, correu atrás, se movimentou, armou e exigiu o máximo de si e do time. Ainda falta entrosamento, falta condicionamento, mas tenho certeza que com o comportamento de ontem ele conquistará a torcida, pois além da técnica, que todos sabemos que ele tem, ele mostrou que quer jogar, quer ganhar, quer títulos e quem sabe uma nova oportunidade na seleção brasileira."

Quem diria que a chama demonstrada neste jogo se apagaria? Só quem vê futebol sem se deixar envolver pela paixão. Paixão pelo Flamengo, aliás, é a marca registrada do FLamigo Luís Eduardo, que no Saudações Rubro-Negras destacou mais uma frase de efeito do publicitário Ronaldinho, após a conquista do primeiro troféu dele pelo Flamengo, a Taça Guanabara e com gol dele, de falta, na vitória sobre o Boavista:

"Como bem definiu o Ronaldinho Gaúcho, ´clássico e decisão é tudo igual. Diferente é a torcida do Flamengo´. E a conquista da nossa 19a. Taça GB é apenas o começo. Conquistas muito maiores nos aguardam."



Ronaldinho não vinha empolgando, mas jogava o suficiente para o Flamengo se manter invicto. Fora do campo, as novidades eram boas. Não havia tanta bagunça e André Amaral no Ninho da Nação nos lembra um dado importante de uma história que poderia ter sido de sucesso, se houvesse um pouco mais de compromisso por parte do jogador e de profissionalismo por parte da diretoria:
"A Olympikus informou em seu relatório passado para o Clube nessa terça-feira, que só em março foram vendidos 64 mil Mantos de Ronaldinho Gaúcho, gerando R$ 417 mil em royalites para o Flamengo."

No entanto, mesmo com o título carioca sendo conquistado de forma invicta, as atuações do Ronaldinho começaram a ser questionadas. No início do Brasileiro, após um empate sem gols diante do Botafogo, Eduardo Vichi no Magia Rubro-Negra deixou Ronaldinho sem nota e escreveu o seguinte comentário sobre sua atuação:
"Só falarei novamente sobre este rapaz quando ele estrear no campeonato. ZUMBI!"

Logo depois, veio a sua melhor fase no Flamengo, que começou já no jogo seguinte, em uma virada de goleada sobre as Galinhas Mineiras no Engenhão, num jogo em que a torcida já começava a demonstrar impaciência com o jogador. No entanto, ao invés de se abater, Ronaldinho chamou para si a responsabilidade e resolveu a parada, conforme nos contou o André Tozzini, o grande Tozza, nas tradicionais análises táticas que fazia ainda nos tempos do DNA Rubro-Negro. De quebra, podemos ver uma discussão que tivemos todo o tempo da passagem do R10 pela Gávea e que até hoje continua sem conclusão: qual seria a posição mais adequada para ele?
"No jogo contra o Atlético Mineiro realizado dia 25 de junho de 2011, Luxemburgo resolveu mudar o esquema tático do time. Saindo do 4-5-1 para o 3-6-1 com menos de 3 treinos. Sairam Williams e Botinelli, suspensos, entraram Angelim e Luiz Antônio. Luxa colocou Angelim como 3o zagueiro e Luiz Antônio como 1º volante. R10 enfiado entre os zagueiros, de costas pra zaga do Atlético, pouco fazia.  (...)
A partir do gol do Atlético veio a mudança que foi chave para a virada e a vitória por goleada do Mengão. Luxa mexeu no esquema, desfez o 3-6-1 e colocou o 4-4-2 pra jogo. Sacou David Braz colocando Negueba no lugar dele e depois colocou Deivid no lugar do nulo Wanderley. Com esse esquema, R10 jogou efetivamente no meio campo com Thiago Neves mais a esquerda, no ataque ficaram Negueba pela direita e Deivid mais enfiado.
Acho que ficou claro, até pro Luxa, que o time tem que jogar no 4-4-2 com dois atacantes e o R10 no meio. Ficou claro também que temos dois meninos da base que podem jogar tranqüilamente no time de cima e vão ser muito úteis no decorrer do campeonato."


Nos 10 jogos que verdadeiramente reverenciamos o talento do Ronaldinho, o destaque sem dúvida vai para o histórico jogo contra o Santos na Vila Belmiro. Sua impecável atuação foi uma daquelas em que palavras não são suficientes para dar conta da narrativa. Há coisas que só vendo par crer. Então, aproveito e pego carona na fantástica coleção de vídeos do Leomagamon para colocar aqui o jogo na íntegra. Recordar é viver:







Tivemos outros bons jogos e fomos parar no topo da tabela. Sendo que um deles deve ter sido especial para o Ronaldinho, pois representou uma vitória sobre uma galera esquisita que está sempre sendo preterida por ele. Pela narrativa certeira do mesmo Leomagamon no Magia Rubro-Negra, vamos relembrar os dois gols na vitória sobre o Grêmio:
"Chegamos ao gol na genialidade de R10. Pela esquerda o dentuço recebeu bola de Airton e gingou na frente de um gremista ameaçando o cruzamento, o próximo movimento não foi ameaça, foi de verdade, um cruzamento milimétrico que encontrou Thiago Neves na corrida no meio da área. Bola no fundo da rede e Victor nada pode fazer. Flamengo 1 x 0 Grêmio.(...)

Aí chegou o 2º gol de presentão! Bola recuada para Victor (goleiro de Seleção Brasileira - será?) que tentou driblar R10. Opa! Para tudo! Tentou driblar quem? Ronaldinho. Ah tá! - É quase como querer passar a perna num político, ou ensinar o Padre a rezar. Não dá! R10 obviamente tomou a bola do pobre goleirinho e fuzilou a meta. Flamengo 2 x 0 Grêmio."


Com as boas atuações, veio a convocação para a seleção e a preocupação com as armações extra-campo, como bem lembrou Vivi Mariano no Magia Rubro-Negra, em seus textos carregados de pura poesia:

"Minha pátria de chuteiras é o FLAMENGO. O Mais Querido do Brasil é que desperta em mim - em nós - o orgulho de ser brasileira. Ou alguém duvida que a nossa torcida tem a cara do Brasil? A ginga está em campo. A mistura de raças na arquibancada. A alegria estampada no rosto de cada rubro-negro. A força, a bravura e o orgulho no coração de uma Nação. Logo, a amarelinha é passa tempo, é distração para quem ama futebol. Então, entendam de uma vez por todas: Seleção foi, é, e para sempre será o time do FLAMENGO.(...) Faço um apelo à Presidenta Patrícia, ao professor Luxemburgo, a toda milícia celeste: fiquem de olho nas "estratégias" utilizadas pela Gorda e Velha Confederação. O tal do amistoso contra o Egito foi agendado para o dia 6 de Setembro, véspera do clássico que marcará uma disputa categórica pela liderança, quiçá o título brasileiro. Logo, nem que a múmia do faraó Tutancâmon entre em campo contra o Brasil, ainda assim, eu NÃO liberaria o Ronaldinho Gaúcho, o Thiago Neves ou o Willians. Querem convocar alguém do Flamengo? Convoquem o DEIVID. É o nosso vice artilheiro. Já provou que sabe jogar sobre pressão. Faz gols de tempos em tempos. Justamente o que a seleção brasileira precisa. Mas, deixem os nossos craques em paz."

Após a bonança começou o tempo ruim. Uma série de jogos sem vencer e a responsabilidade é sempre cobrada de quem pode mais. Bônus são sempre acompanhados de ônus. Assim, recomeçaram as reclamações contra o futebol praticado pelo Ronaldinho, que aquela altura já estava com sua remuneração em atraso - a parte do direito de imagem, que cabia então a Traffic. Mas, o bom futebol que praticou na melhor série do Flamengo ainda estava presente na memória de todos e muitos blogueiros continuavam na defesa do jogador, como podemos notar no artigo "Perder Ronaldinho não é bom para o Flamengo" de Tiago Cordeiro para o FlamengoNet:
"Torcedores já esqueceram de seus gols e momentos de brilho e pedem que o camisa dez seja regular, raçudo, líder e que tenha mais personalidade. Pedem um Ronaldinho que nunca existiu. Sem ele, o Flamengo continuará sendo um clube em ebulição política, com uma torcida tão capaz de levar nas costas quanto de destruir implacavelmente e conviverá com dirigentes pífios como Patrícia Amorim. O que o rubro-negro precisa fazer é aproveitar o jogador de passe único, capaz de dribles imprevisíveis e com precisão na finalização, mas sem depender exclusivamente dele."

O ano terminou, de certa forma, com uma sensação positiva neste casamento do Flamengo com Ronaldinho, como mostra uma eleição promovida pelo blog Flamengo Eternamente, onde o R10 foi escolhido como o craque da galera de 2011.


2012 começou com crises e brigas de egos. Dia sim e outro também a notícia era de disputas de poder dentro do Flamengo. Ronaldinho e Luxemburgo, presenças constantes. A doce Mel no Mania e Notícias assim nos falou sobre o assunto:
"Ontem saiu no yahoo.com, hoje foi a vez do Globoesporte.com publicar mais um vergonhoso acontecimento na Gávea: Ou sai Luxemburgo, ou saio eu. Em poucas palavras, foi isso que Ronaldinho e seu empresário e irmão, Assis, disseram à Patrícia. Não é você quem manda, Patrícia? Põe ordem na casa agora! Ronaldinho, Messi, ou o jogador que for, pedir a cabeça do seu técnico é inaceitável. Atender isso é um absurdo. E ao que parece, é exatamente o que a presidente vai fazer. Não sou contra a saída do Luxemburgo, pelo contrário, acho que será muito benéfico para o Flamengo. Mas não dessa forma. Ronaldinho NÃO PODE MANDAR NO FLAMENGO. Isso só vai aumentar a crise, os outros jogadores vão se revoltar - com razão e a Patrícia perderá o pouco que tem do controle do clube, ao menos no que se diz respeito ao futebol."

A diretoria fraquejou e optou pela saída somente do treinador, deixando fortalecido aquele que parecia liderar o motim. Poder demais nas mãos de alguém como Ronaldinho, que não tem compromisso com resultados, parece ter sido a gota d´água que transbordou o balde. Para piorar ainda resolveram bancar a parte da Traffic na remuneração dele. Por quê? Só a Patricia pode explicar. Foi incompreensível! Julio Benck no Tua Gloria É Lutar demonstrou isto muito bem:

"Além dos desfalques de Leo Moura,e agora Airton, podemos dizer que estamos desfalcados de R10 também. Afinal, é um jogador nulo, que produz muito pouco para a banca que tem. E o mais preocupante, parece que as alternativas de solução para seus problemas estão se esgotando. Luxa caiu, e nada do gaúcho subir. Os atrasados, pelo que consta, foram quitados, a questão da Traffic resolvida, e nada do dentuço sacudir a poeira."

Quando a demissão do Luxemburgo já estava sacramentada e só a Patricia negava, os jogadores mostraram disposição e classificaram o Flamengo para a fase de grupos da Libertadores, num jogo que Ronaldinho foi um dos destaques como nos narrou Luã Milanês no FlaManolos.

"R10 cruza e Léo Moura faz o Engenhão explodir. Justiça no placar e principalmente ao Léo, que fazia um excelente jogo. O lateral dá mostras nesse início de temporada que tem tudo pra fazer diferente do ano passado. Fez uma ótima partida tanto defensiva quanto ofensivamente, mostrando confiança pra ir à linha de fundo como há muito tempo não víamos. Foi o grande nome da classificação, ao lado do R10. Ronaldinho também com bastante disposição, fazia lançamentos precisos e geniais com a mesma vontade em que dava piques pra recuperar a bola."


Mas, o ímpeto do Ronaldinho parou. As reclamações contra ele foram, então, se acentuando e se tornando lugar-comum. Para exemplificar fiquem com o Djavan Urubuzão lá no DNA Rubro-Negro:

"Pra que pagar mais de 1 milhão a um cara que não está nem aí para ninguém? R10 vai fazer a diferença quando? Vai viver do histórico jogo contra o Santos até quando? Até quando vamos ver o R10 curtindo com a nossa cara? Desde que chegou, foi decisivo em quantos clássicos? Joga bem na esbórnia porque nem contra a Bósnia ele conseguiu jogar!"

As eliminações precoces nas competições do primeiro semestre obrigaram o Flamengo a entrar em férias precoces. Porém, as poucas novidades e descompromisso do Ronaldinho continuaram e deixavam a torcida pouco esperançosa em dias melhores. Os pedidos para que algum maluco endinheirado levasse o Ronaldinho se acentuaram e destaco aqui o relato do André "China" no Magia Rubro-Negra com conhecimento de causa, pois falou exatamente do interesse de seus "compatriotas":
"Infelizmente, após 14 dias do jejum forçado para a Nação Rubro-Negra, o panorama é o mesmo: ninguém quer trabalhar para o Flamengo; Joel continua pedindo cabeças de área (odeio a expressão "volante"); Ronaldinho ainda não foi embora; (...)
E Ronaldinho? Vai ou não vai para a China? Dizem que os Chineses estão com a mala cheia querendo contratá-lo. Resta saber se um jogador completamente realizado financeiramente, com um salário com zeros a perder de vista, e com a vida que pediu a Deus, vai trocar o Rio de Janeiro, terra de samba, funk, mulheres para todos os gostos, com praias e paisagens que seduzem até o chinês falsificado (pleonasmo..rsrs) que vos escreve, por alguma cidade do Oriente, regida por leis severas, onde não há aquele jeitinho brasileiro, e nem as tentações ao estalar dos dedos. Pouco provável. Sua saída resolveria problemas extracampo, e ainda ajudaria o "Coach" a tentar ajustar o time conforme sua filosofia. Oremos!"

A situação de Ronaldinho foi ficando insustentável. O sempre sensato André Monnerat fez o alerta no SobreFlamengo, logo após a lamentável atitude do empresário e irmão do jogador na FlaConcept.
Ando ultimamente com a impressão de que Ronaldinho e Assis realmente estão preparando para breve a saída do jogador do Flamengo. Com esta, a sensação de que é isso aí aumentou. O que o empresário quis com essa, obviamente, foi criar um caô. Não parece ser coisa de quem queira sustentar a relação com o clube por muito mais tempo.

É difícil de esconder que a situação está chegando ao limite. A diretoria errou muito feio ao assumir um contrato de um valor com o qual não pode arcar e agora tem que enfrentar este tipo de coisa. Não quiseram abrir mão de Ronaldinho antes com medo de saírem mal na foto logo após a saída de Thiago Neves e estão conseguindo criar cenas ainda mais constrangedoras."


Na véspera da rescisão de contrato, Alexandre Fernandes pedia no Magia Rubro-Negra por um gesto nobre de Ronaldinho:

"Ronaldinho Gaúcho, se quem manda não age, faça-nos esse favor. Tenha um gesto nobre pelo que lhe foi proporcionado e você não aproveitou. O Flamengo não merece isso. Peça licença e saia pela porta da frente ou dos fundos, se preferir. Não precisa se ajoelhar nem pedir perdão. Apenas saia."


Ele atendeu o pedido e nos deixou pela porta dos fundos em uma tragédia anunciada como disseram Affonso Romero e Walter Monteiro que também nos apresentam um diagnóstico certeiro do problema:
"Que lições tirar do episódio trágico?
Que nenhuma decisão deve ser tomada sem reflexão, sem critérios, sem planejamento e principalmente sem contrato. Que bastaria o clube ter tido o mínimo de cautela, para redigir os contratos devidos, fazer a previsão orçamentária e planejar o desenrolar dos acontecimentos simulando os cenários otimista, realista e pessimista, para só então, depois de tudo assinado e aprovado por quem de direito, fazer a festa devida. 
Torcedores podem ser fanfarrões, se deixar contaminar pela euforia. Dirigentes, jamais. Por isso, que ao menos essa ressaca nos sirva de exemplo: nada de misturar emoção com gestão. O Flamengo precisa de um choque de gestão profissional, para deixar o lado torcedor que todos temos bem longe da tentação de agir segundo nossos desejos e devaneios."


Eis o grande exemplo de como o modelo de gestão amador se esgotou. Chegou a hora de mudar! Cabe á torcida, que é quem realmente ama e sofre pelo clube, exigir profissionalismo de dirigentes para que casos como estes não se repitam e, no final, o Flamengo é quem ficará com o mico nas mãos e ainda tendo a obrigação de  honrar uma salgada conta.

 FLAmém!

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