A MAIOR DE TODAS AS BATALHAS

Caríssimos irmãos de fé rubro-negra,
Salve, Salve, FLAleluia!



Quadro: Batalha do Riachuelo,  Victor Meirelles

Museu Histórico Nacional,  Rio de Janeiro



Mais um jogo do Flamengo! Mais uma vitória! Mais um tabu quebrado! Mais um recorde batido! E continuamos sendo a única equipe invicta neste campeonato brasileiro.

Os três últimos jogos foram emblemáticos. Primeiro, enfrentamos o Santos, um time de grande qualidade técnica, campeão paulista e da Libertadores, contando com jogadores de altíssimo nível e que partiu para cima do Flamengo. Mesmo jogando no campo adversário, soubemos nos impor e conseguimos, após darmos três gols de vantagens para eles,  uma vitória histórica.

Depois, foi a vez de encararmos o Grêmio e o forte poder de marcação da escola gaúcha. No entanto, trata-se de um time bastante limitado no aspecto técnico e que abdicou do jogo. O objetivo maior de nosso adversário foi o de não nos deixar jogar. Soubemos ter a tranquilidade necessária para vencer.

Por fim, vencemos um time que, assim como o Grêmio contava com bom sistema defensivo, no melhor estilo Joel Santana, mas que não era tão fraco tecnicamente, a ponto de no início do ano ter sido apontado como o "time a ser batido". Se não demos show, mostramos maturidade. Vencer o Cruzeiro é sempre difícil. Em Minas, então, nem se fala. Pois, em momento algum fomos ameaçados. Tivemos total controle do jogo! Mantivemos a posse de bola e poderíamos até ter conseguido um placar mais elástico se não fossem os gols perdidos.

Não há dúvidas de que estamos no caminho certo. Como eu apontava no início do ano e reafirmei no meu #post pré-jogo contra o Cruzeiro "Noite de oferendas de Marias-Raposas ao Urubu-Rei", precisávamos dar tempo para o projeto do profexô deslanchar. Pois, Luxa vem apresentando um trabalho digno de seus melhores momentos. O decadente está novamente no topo! Com méritos!

Com várias formações diferentes (o que demonstra a força de nosso elenco), estamos mantendo o padrão de jogar com sabedoria, tocando a bola de pé em pé, aguardando o melhor momento para decidir os jogos. Com sucesso! Ronaldinho tem sido decisivo, mesmo quando não tem atuações espetaculares (no último jogo atraiu a marcação de 5 defensores e num jogo de corpo deixou Deivid livre para marcar). Até o ex-cone tem se movimentado bem, aberto espaços e... feito gols!

O próximo jogo é contra um time que começou o ano bem, mas que, neste campeonato, apenas briga lá pelo meio da tabela e não é considerado adversário direto na briga pelo título. Jogaremos em casa. Mesmo assim, iremos enfrentar nossa maior batalha.

Não digo isto pelo fato de não podermos contar novamente com Airton. Com ele em campo nem ao menos tomamos um gol. Ou seja, com sua presença nossa retaguarda está mais intacta do que a da Sandy, segundo declarações da própria para uma revista masculina.  Também não é pela volta do inseguro Welinton. Aliás, alguém teve os costumeiros calafrios quando a bola ia em direção à nossa defesa neste último jogo? Seria apenas uma coincidência o fato deste nosso zagueiro-zagueiro-ruim-ruim não estar em campo? A manutenção dele como titular é, para mim, o maior erro do Luxemburgo na armação do time. Também não é por causa da natural queda de produção de alguns com a estafante maratona de jogos difíceis a que estão sendo submetidos. Nem mesmo pela baixa qualidade do gramado, que atrapalha muito um time que joga procurando ter a posse de bola, trocando passes.

Todos esses fatores irão nos atrapalhar, sem dúvida. Mas, o maior motivo para considerar nosso próximo compromisso como mais uma verdadeira prova de fogo, será o fato de enfrentarmos nosso principal adversário: nós mesmos. Teremos que vencer nosso principal defeito: a arrogância. Temos consciência de nossa superioridade. E aí é que reside o maior dos perigos. Qual foi nossa única derrota no ano? Sim, em casa diante do frágil Ceará, o mesmo que acaba de tomar duas goleadas seguidas e que empatou conosco no jogo imediatamente anterior aos três que citei acima. Micos históricos estão aí para demonstrar que sempre caímos quando antecipadamente achamos que já vencemos.

O grande trabalho da comissão técnica será fazer o time se afastar da euforia da torcida, manter a humildade e encarar todos os jogos como decisões. Contra o Coritiba, temos que mostrar que sabemos jogar também sendo favoritos.

Aí, poderemos ter a certeza de que realmente o Flamengo está chegando.

E você sabe, deixou chegar.....

FLAmém!

PS: Artigo escrito para o Saudações Rubro-Negras